Ponte onde 4 jovens morreram é marcada por falta de sinalização e proteção

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Falta de sinalização, ausência de barras de proteção e uma estrutura precária são o que tornam a ponte onde morreram afogados quatro universitários do Distrito Federal uma tragédia anunciada.

A reportagem do Metrópoles esteve no ponto do acidente, ouviu moradores e flagrou, de perto, os perigos do local, que fica sobre o Córrego Rico, próximo ao distrito de São Gabriel, em Planaltina (GO).

Situada no encontro entre dois morros, o solo arenoso é o primeiro obstáculo antes de se chegar à ponte. Até para quem é acostumado com o percurso há necessidade de redobrar a atenção. Qualquer descuido pode acabar na perda de controle e o carro seguir em direção a água.

Até mesmo ônibus escolares se arriscam em passar pela região diariamente.

Veículos se arriscam em ponte precária:

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O fazendeiro Jorge Alves Farias, 54 anos, alerta sobre os inúmeros acidentes no local. “Desde quando eu me entendo por gente já foram incontáveis acidentes e sempre na ponte. É uma vergonha aquilo”, reclama o morador, que vive há 24 anos da região. “Ali falta tudo, teria que começar ela do zero. É uma estrutura de madeira e muito mal feita”.

Com aproximadamente 10 metros de extensão, é visível pedaços da madeira e pregos soltos ao longo da estrutura. “Passo por ela muita vezes para ir até a cidade. A estrutura é bem precária, a gente vê que precisa de uma reforma ou até mesmo alterar ela da madeira pra alvenaria. Precisa dessa mudança para a segurança de todo mundo”, diz o produtor rural Kevin Christian Soares Silva, 28.

O Metrópoles questionou a prefeitura de Planaltina (GO) sobre possíveis melhorias na ponte, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

Investigação

Ivan Pereira de Andrade, 23, João Pedro Martins Rocha, 20, e os irmãos Gabriel Tavares Araújo, 21, e Júlio José Araújo Neto, 23, voltavam do Folia de Roça, um evento religioso festivo. De acordo com as investigações conduzidas pelo delegado Yasser Yassine, “não havia marcas de frenagem na pista, o que indica que o motorista pode ter perdido a direção do veículo”, explicou.

Além disso, um exame foi solicitado para saber se eles ingeriram bebida alcoólica.

Último adeus

Centenas de pessoas se reuniram, na manhã de quarta-feira (24/5), no Ginásio de Esportes de Sobradinho, para dar o último adeus aos universitários. Em missa de corpo presente, amigos e parentes, emocionados, lamentaram a tragédia.

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Os quatro jovens cursavam medicina veterinária na União Pioneira de Integração Social (Upis) de Planaltina (DF). Gabriel e Júlio José foram sepultados na Bahia, onde moram a maioria dos parentes dos irmãos. Ivan, foi enterrado no cemitério de Planaltina, e João Pedro, no da Asa Sul, ambos na quarta-feira (24/5).

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