No AP, governo federal mapeia rotas de produção do açaí na foz do Rio Amazonas

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Ministério do Desenvolvimento Regional informou que mais de 145 produtores já foram visitados. Objetivo é criar estratégias para o crescimento da produção do fruto. Mais de 145 produtores já foram visitados no Arquipélago do Bailique
MIDR/Divulgação
Um levantamento do governo Federal pretende criar um polo da rota do açaí na região da foz do Rio Amazonas. Encontros são realizados no Amapá para discutir junto com produtores, pesquisadores e o governo estadual as estratégias para o crescimento da produção do fruto.
Técnicos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) já visitaram mais de 145 produtores em 8 ilhas do Arquipélago do Bailique, no delta do Rio Amazonas. A identificação busca mapear as áreas produtivas e as infraestruturas existentes para o beneficiamento do fruto.
O levantamento do MIDR conta com o apoio do governo do Amapá e da Cooperativa Central de Produtos da Biodiversidade da Amazônia, a Bioamazon, que reúne 5 cooperativas da região e possui uma produção de mais de 4.800 toneladas do fruto por ano ou 1.800 toneladas da polpa do açaí.
Projeto Rotas do Açaí visitou a comunidade do Arraiol, no Arquipélago do Bailique
MIDR/Divulgação
“Estivemos no Arquipélago para conhecer as necessidades do território. Além disso, tivemos contato com a potência da organização em coletividade do cooperativismo local. O povo amapaense tem muita força de trabalho em conjunto, ainda não tínhamos visto isso em outros territórios”, descreveu Simone Noronha, coordenadora de gestão de território do MIDR.
A Amazonbai, umas das cooperativas que integram a Bioamazon, quer ampliar o número de associados a partir do levantamento do ministério.
“Com o evento o pequeno produtor pode dialogar com o poder público. Com isso serão geradas políticas públicas e verificar os gargalos pra ver onde precisa trabalhar a inovação e a tecnologia pra se desenvolver essa cadeia produtiva”, disse Amiraldo Picanço, presidente da Amazonbai.
Participam das discussões pesquisadores de diversas universidades federais do país. Eliane Superti, pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), estuda os impactos da produção no cotidiano e na economia das comunidades ribeirinhas.
Eliane Superti, pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Rafael Aleixo/g1
“Trabalho com a cadeia global do açaí e minha área de pesquisa é a ciência política e os desequilíbrios de poder nessa cadeia. A importância desse encontro é elaborar uma política pública para diminuir os desequilíbrios, principalmente entre os grandes produtores de capital intensivo e o pequeno produtor que tá na floresta e fazendo a sua produção e que consegue com a sua forma de produzir manter a floresta em pé”, explicou a pesquisadora.
O estado já possui um polo da rota do açaí, que integra os municípios de Macapá, Santana, Amapá, Calçoene, Itaubal, Laranjal do Jari, Mazagão e Serra do Navio.
Uma outra rota, a do pescado, também será implantada pelo governo Federal. Equipes vão percorrer os municípios da zona pesqueira no Norte do Amapá.
Projeto Rotas do Pescado será a próxima fase do levanamento do governo Federal
MIDR/Divulgação
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