Quem foi Pedro Herz, dono da Livraria Cultura que morreu aos 83 anos

Pedro Herz, dono da Livraria Cultura, morreu aos 83 anos nesta terça-feira (19). Foi ele o responsável por transformar a empresa, que foi fundada pela mãe, Eva Herz, em uma das maiores livrarias do Brasil.

Pedro Herz fez a Livraria Cultura virarem uma das principais do Brasil

Pedro Herz morreu aos 83 anos – Foto: Divulgação/Livraria Cultura/ND

Ao jornal Estadão, o filho Sérgio Herz confirmou a morte e disse que o velório acontecerá às 10h desta quarta-feira (20) no Cemitério Israelita do Butantã, seguido do enterro, às 12h.⁣⁣

O filho de Sérgio Herz, fundador da icônica livraria no coração de São Paulo, revelou que a causa provável de sua morte foi um ataque cardíaco durante a madrugada em seu apartamento no edifício Copan.

O velório está programado para esta quarta-feira, dia 20, às 10h, seguido do enterro às 12h no Cemitério Israelita do Butantã.

Herz foi uma figura fundamental na cena cultural de São Paulo, deixando um legado marcante através da sua livraria, que foi palco de inúmeros eventos culturais, incluindo lançamentos de livros, debates e apresentações teatrais, além da venda de obras literárias.

Nos últimos anos, a livraria enfrentou dificuldades financeiras, culminando em um processo de falência iniciado no ano passado após uma década de desafios econômicos, que levou à solicitação de recuperação judicial em 2018.

Quem foi Pedro Herz?

Em seu livro de memórias, intitulado “O Livreiro” e escrito em colaboração com Laura Greenhalgh, Pedro relata sua trajetória desde a infância até assumir o comando integral da Livraria Cultura após o falecimento de sua mãe em 2001.

Aos sete anos, testemunhou o envolvimento de sua mãe com o mundo dos livros, uma experiência que influenciaria seu futuro.

Aos 18 anos, enquanto estudava, viveu na Basileia, onde trabalhou em uma livraria, mergulhando mais fundo no universo livreiro.

Posteriormente, mudou-se para Londres, onde trabalhou como locutor na BBC, antes de retornar ao Brasil para seguir os passos de sua família. Durante algum tempo, trabalhou na editora Abril, contribuindo para a elaboração do Guia Quatro Rodas.

Pedro assumiu rapidamente o comando da Livraria Cultura, que se tornou uma figura proeminente no mercado editorial brasileiro.

No auge de sua expansão, a empresa contava com 18 lojas em diversas capitais do país, incluindo filiais de grande porte em shoppings renomados, como o Iguatemi e o Bourbon, em São Paulo.

Pedro Herz ainda atuava na livraria cultura

Livraria Cultura se tornou uma das maiores do Brasil – Foto: Divulgação/Livraria Cultura/ND

Além de administrar a Livraria Cultura, Pedro implementou projetos culturais significativos, como o Teatro Eva Herz, em homenagem à sua mãe, e a gestão do cinema no Conjunto Nacional, posteriormente conhecido como Cine Marquise.

Esses empreendimentos refletiam sua visão de promover a cultura em diversas vertentes.

Em 2017, a Cultura adquiriu as operações da Fnac no Brasil, expandindo sua presença no mercado.

Entretanto, enfrentou dificuldades financeiras, culminando no pedido de recuperação judicial em 2018 e na decretação de falência pela Justiça em fevereiro do ano seguinte.

Embora tenha obtido uma liminar suspendendo a falência em junho de 2023, a empresa enfrentou novos revezes quando o ministro Raul Araújo, do STJ, negou um recurso e autorizou o despejo da última loja aberta da empresa no Conjunto Nacional, devido à falta de pagamento de aluguéis desde 2020.

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