Júri inocenta acusado de participar da morte de estudante espancado na saída da escola em Jardinópolis, SP

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Kayê Mendes Pinheiro dos Santos, de 25 anos, negou envolvimento nas agressões contra Rian Augusto Rosa, em setembro de 2018. Em 2021, homem acusado de dar chutes e socos na vítima foi condenado a 16 anos de prisão. Kayê Mendes Pinheiro dos Santos é suspeito de participação na agressão contra estudante de 17 anos em Jardinópolis, SP
Reprodução/EPTV
Kayê Mendes Pinheiro dos Santos, de 25 anos, foi absolvido nesta sexta-feira (26) de ter participado da morte do estudante Rian Augusto Rosa, espancado na porta de uma escola em Jardinópolis (SP) em 2018.
Ele foi levado a júri popular na cidade após ser acusado pelo Ministério Público de, na época dos fatos, ter levado o agressor ao local do crime e de ter acompanhado as agressões sem fazer nada.
O réu, que era ex-namorado de Rian, negava qualquer participação e já respondia ao processo em liberdade. Ainda cabe recurso por parte da acusação.
Antes dele, já tinha ido a julgamento Donizete Alfredo Bosco Campos, condenado a 16 anos de prisão por ser o responsável direto pelas agressões que vitimaram o estudante.
A condenação, em regime inicial fechado, considerou a tese de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe – suspeita de vingança pelo fato de Rian ter terminado o namoro com Kayê e se envolvido com um ex de Donizete -, meio cruel e cometido de forma que impossibilitou a defesa da vítima.
O estudante Rian Augusto Rosa foi espancado na porta da escola em Jardinópolis
Arquivo Pessoal
O júri começou às 10h no Fórum de Jardinópolis e foi encerrado no fim da manhã. Testemunhas convocadas a depor foram liberadas e apenas o acusado prestou depoimento. Kayê se defendeu e disse que não participou das agressões.
Ele contou que, no dia dos fatos, estava saindo de casa para buscar o irmão na creche quando Donizete pediu uma carona até a escola em que Rian estudava, que não sabia que a vítima seria agredida e, durante as agressões, permaneceu o tempo todo dentro do carro.
Espancamento na saída da escola
Em setembro de 2018, Rian, ainda com 17 anos, foi surpreendido enquanto seguia em direção a um ponto de ônibus, após deixar a escola em que estudava, e foi espancado com socos e chutes na cabeça.
A vítima permaneceu em posição fetal enquanto era agredida, sem chance de reação e continuou a apanhar mesmo quando estava inconsciente. O estudante foi socorrido em estado grave e ficou dez meses internado em estado vegetativo antes de morrer, em julho de 2019, aos 18 anos.
Segundo a Promotoria, as agressões partiram de Donizete, que teria agido motivado por vingança, porque Rian teria se envolvido com um ex-namorado dele. Mensagens com ameaças, enviadas por Donizete, foram encontradas no celular da vítima, de acordo com o MP.
Reconstituição do espancamento de Rian Augusto Rosa em Jardinópolis, SP
Antônio Luiz/EPTV
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