Acidente em perseguição por paparazzi: relembre como foi a morte de Diana

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O príncipe Harry e a mulher dele, Meghan, afirmaram que foram perseguidos por fotógrafos paparazzi em Nova York. A mãe de Harry, a princesa Diana, morreu justamente em uma perseguição como essa. Morte da Princesa Diana completa 25 anos
O príncipe Harry e a mulher dele, Meghan, afirmaram nesta quarta-feira (17) que foram perseguidos por fotógrafos paparazzi em Nova York. O prefeito da cidade confirmou que de fato houve uma perseguição em uma região movimentada, e que o incidente poderia, sim, ter causado acidentes.
O próprio prefeito Eric Adams lembrou que a mãe de Harry, a princesa Diana, morreu em circunstâncias parecidas.
Foto de 1997 mostra destroços do carro onde a princesa Diana estava com o namorado, o egípcio Dodi Al-Fayed, que também morreu no acidente
PIERRE BOUSSEL/AFP
Relembre abaixo como foi a morte da princesa Diana.
Em 31 de agosto de 1997, Diana, princesa de Gales, morreu aos 36 anos em um acidente de carro em Paris, na França.
Acidente em alta velocidade
Divorciada há um ano do então herdeiro do trono, o príncipe Charles, Diana e seu novo companheiro, o empresário egípcio Dodi Fayed, foram assediados pela imprensa durante suas férias de verão no Mediterrâneo.
Eles chegaram a Paris na tarde de 30 de agosto e jantaram naquela noite no hotel Ritz, de propriedade de Mohamed al Fayed, pai do novo companheiro de Lady Di.
Eles tentaram sair discretamente pela porta dos fundos logo após a meia-noite e entraram em uma Mercedes. Perseguido por paparazzi em motocicletas, o carro bateu em alta velocidade contra uma coluna em uma passagem subterrânea perto da Pont de l’Alma, na margem norte do rio Sena, em frente à Torre Eiffel.
Fayed e seu motorista, que tinha alto nível de álcool no sangue, morreram instantaneamente.
Seu guarda-costas ficou gravemente ferido. Os socorristas conseguiram tirar Diana da Mercedes retorcida.
Sete fotógrafos foram presos. As imagens do acidente foram oferecidas por fortunas aos jornais.
Diana foi transferida para o hospital Pitie-Salpetriere onde, após duas horas de cirurgias, morreu às 4h devido a graves ferimentos no tórax. A família real foi oficialmente informada.
A rainha Elizabeth II, seu marido, o príncipe Philip, o príncipe Charles e seus dois filhos, William (15) e Harry (12), estavam passando o verão em Balmoral, a residência de férias da monarca na Escócia.
A princesa do povo
O Reino Unido acordou de luto. Londrinos aos prontos começaram a colocar flores em frente ao Palácio de Buckingham e ao Palácio de Kensington, a residência da princesa.
Tony Blair, o primeiro-ministro, prestou homenagem à “princesa do povo”.
A família real, como de costume, assistiu à missa no domingo de manhã. O nome de Diana não foi mencionado durante o culto por medo de perturbar seus filhos.
A família discutiu como tratar Diana em sua morte, já que ela não era mais membro da família real.
Charles insistiu em usar o avião real para buscar o corpo pessoalmente, contrariando o desejo inicial da rainha Elizabeth.
A imprensa foi a primeira acusada. O irmão de Diana, o conde Charles Spencer, disse que os jornais têm sangue nas mãos.
Tensos, os tabloides britânicos tentaaram minimizar os estragos nos dias seguintes, mostrando adoração por Diana e desviando a atenção para a monarquia.
“Ela nasceu uma dama. Ela se tornou nossa princesa. Ela morreu como santa”, escreveu o Daily Mirror.
Fervor popular
O fervor popular cresceu. Os fãs esperaram até onze horas na fila para assinar o livro de condolências.
A organização do funeral foi complicada. Desde seu divórcio, Diana não era mais tratada como “alteza real” e não tinha direito a um funeral de Estado, embora ainda mantivesse o título de princesa.
No entanto, os britânicos exigiram uma homenagem digna de “rainha do coração”.
Silêncio real
A desolação foi agravada pelo silêncio da Casa Real, que permaneceu isolada em terras escocesas.
Os jornais expressam indignação porque a bandeira britânica não estava hasteada a meio mastro no Palácio de Buckingham e pediram que a rainha retornasse a Londres para resolver essas questões.
O “The Sun” perguntau: “Onde está nossa rainha? Onde está nossa bandeira?” Segundo o jornal, a ausência da bandeira era “um insulto cruel à memória de Diana”.
Finalmente, a família real deixou Balmoral.
A rainha e o príncipe Philip foram aplaudidos quando visitam as flores colocadas do lado de fora do Palácio de Buckingham. Isso foi um grande alívio nos círculos reais.
Elizabeth prestou homenagem à ex-nora em discurso ao vivo na televisão no dia 5 de setembro.
Silêncio no cortejo
No dia seguinte, quase um milhão de pessoas se reuniram nas ruas para assistir ao cortejo fúnebre em profundo silêncio, quebrado apenas por soluços, lágrimas e toques de sinos.
Enquanto a procissão passava pelo Palácio de Buckingham, a rainha Elizabeth inclinou a cabeça.
Na residência real, a bandeira britânica foi hasteada a meio mastro durante o funeral, seguido por 2,5 bilhões de espectadores em todo o mundo.
De cabeça baixa, os príncipes William e Harry caminharam atrás do caixão, acompanhados por Charles, Philip e Charles Spencer.
Príncipe William e Príncipe Harry acompanham o pai no velório da mãe, Princesa Diana em 1997. Na foto também, Príncipe Philip e Earl Spencer
AP Photo/David Brauchli
Na Abadia de Westminster, a cerimônia teve 2.000 convidados, incluindo Tony Blair, a primeira-dama americana Hillary Clinton, o tenor Luciano Pavarotti, a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher e o ator Tom Cruise.
Elton John adaptou sua música “Candle in the wind” com passagens que homenageiam Diana.
À tarde, o caixão foi levado para Althorp, onde fica a casa da família de Diana.
Ao longo do caminho, as pessoas fizeram fila nas estradas e jogam flores no carro funerário, algo realmente incomum no Reino Unido.
A princesa foi discretamente enterrada em uma pequena ilha, situada em um lago na propriedade da família.
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