Vereador Brazão fica sem partido após discutir com viúva de Marielle

O vereador Waldir Brazão, que discutiu a viúva de Marielle Franco, Monica Benício, amarga um abandono político poucas vezes visto na política do Rio de Janeiro. Mesmo exercendo um mandato eletivo, o parlamentar não recebeu convite para se filiar a nenhum partido. Batizado Waldir Moreira Junior, Waldir Brazão adotou o nome político por ser um aliado da família Brazão, acusada de envolvimento no assassinato de Marielle.

Até o fim desta terça-feira (9/4), o vereador não comunicou à Câmara Municipal a filiação a nenhum partido político. Como a janela de transferências se encerrou nesta sexta-feira (5/4), Waldir permanecerá sem vínculo com nenhuma legenda. Dessa forma, ele não terá assento no colégio de líderes, uma vez que não tem chances de representar a liderança de um partido.

Em dezembro de 2023, Waldir Brazão discutiu com a vereadora Monica Benício em uma sessão na Câmara. O episódio teve início quando Monica criticou a nomeação de Chiquinho Brazão, pelo prefeito Eduardo Paes, para comandar a Secretaria de Ação Comunitária. Ela pontuou que, à época, Chiquinho já era visto como suspeito pelo assassinato de Marielle.

Waldir Brazão, então, afirmou que o assassinato de Marielle Franco era a “única pauta” de Monica Benício no parlamento.

“O [ex-deputado Marcelo] Freixo prendeu um monte de gente na CPI das Milícias e a gente passou batido, como vem passando batido em tudo. A menos quando querem se aproveitar do nome que a gente tem. Do que a gente construiu. Toda vez que ela fizer isso, eu vou responder. Cada vez num grau maior”, disse ele.

Waldir Brazão se elegeu vereador em 2018 pelo Avante, mas deixou a sigla em outubro de 2023.

A coluna entrou em contato com o gabinete do vereador às 16h30 desta terça-feira (9/4). Um servidor do gabinete informou que nem o vereador nem o assessor de imprensa estavam disponíveis para abordar o assunto.

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