Jovem que foi agarrada à força e evitou ser jogada dentro de carro está traumatizada: ‘sabe Deus o que ele queria fazer’; VÍDEO


Vítima de 19 anos contou que não consegue mais andar sozinha após o crime, registrado como tentativa de sequestro e cárcere privado, em Santos (SP). Jovem ficou com arranhão e ferimentos após luta corporal com criminoso em Santos (SP)
Reprodução e Arquivo pessoal
A jovem, de 19 anos, que foi agarrada à força por um homem e reagiu ao ataque, evitando ser jogada dentro do carro dele, em Santos, no litoral de São Paulo, está traumatizada. Ao g1, nesta quinta-feira (11), ela contou que não consegue andar sozinha desde o acontecimento. “Sabe Deus o que ele queria fazer”, disse ela, que ficou com hematomas, arranhões e os dedos do pé machucados.
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O caso aconteceu na Avenida Eleonor Roosevelt, no bairro Vila São Jorge, no último sábado (6). Nas imagens de câmeras de monitoramento é possível ver a mulher sendo agarrada pelo homem, que queria colocá-la dentro de um veículo. Ela reagiu ao ataque e conseguiu fugir.
Dias após a tentativa de sequestro e cárcere privado, como foi registrada a ocorrência pela Polícia Civil, a jovem, que teve a identidade preservada, conversou com a equipe de reportagem e contou sobre a abordagem do criminoso, que aconteceu por volta das 19h, na saída do trabalho.
A vítima disse que seguia para casa, mas, ao lembrar que precisava ir ao mercado, desviou a rota e entrou na Avenida Eleonor Roosevelt. Segundo ela, logo foi surpreendida pelo criminoso, que parecia segurar uma parafusadeira. “O homem me abordou dizendo: Ei, menina”.
Ela lembrou ter olhado para trás e, assustada, pensou em acelerar o passo, mas não deu tempo. “Ele já me fechou”, disse a jovem, que foi agarrada pelo criminoso e sofreu uma queimadura no braço causada pela suposta parafusadeira.
Jovem escapa de criminosos ao reagir a ataque no litoral de SP
“Eu comecei a gritar, comecei a gritar por socorro, por ajuda. Gritava não [pedindo para soltá-la], gritava tudo que eu podia gritar”, disse.
Não era assalto
Durante o ataque, enquanto agarrava a vítima, a bolsa dela caiu no chão, mas o objeto foi ignorado pelo criminoso, que a puxava na direção do carro.
A jovem contou ter conseguido fugir no momento em que o homem a segurou pela camiseta. Ela arrancou a peça e correu no sentido contrário (assista acima).
Assim que chegou na esquina da avenida, disse à equipe de reportagem ter se virado para olhar o homem, que voltava calmamente para o veículo. “Acho que ele não estava mirando uma pessoa específica. Acho que qualquer pessoa que aparecesse para ele estava servindo”.
Justamente naquele momento, de acordo com ela, um grupo de meninos se aproximava do carro, o que a fez voltar a gritar. “Sabe Deus o que ele queria fazer, mas eu comecei a gritar essas coisas [sugerindo que seria sequestrada]”.
A ação motivou o grupo a tentar abrir a porta do carro à força, mas sem sucesso. O criminoso arrancou com o veículo e foi embora.
Trauma e família preocupada
Ao g1, a jovem contou que ainda não consegue em andar sozinha, e que a família está preocupada com a segurança dela.
Logo após o crime, uma familiar que preferiu não se identificar, contou à equipe de reportagem que a Vila São Jorge anda perigosa. “As ruas elas estão muito desertas, era 19 h, não era um horário de madrugada”, disse à época.
O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) como tentativa de sequestro e cárcere privado.
Machucados nas unhas e braço da jovem atacada em Santos (SP)
Arquivo pessoal
Segurança
Em nota, a Prefeitura de Santos informou que “o combate e a investigação de homicídios e outros delitos são de responsabilidade das autoridades policiais, que têm, em Santos, apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), por meio do seu efetivo e videomonitoramento”.
Segundo a administração municipal, a PM mantém equipes no Centro de Controle Operacional (CCO) e possui acesso a todas as imagens das 1.736 câmeras espalhadas pela cidade.
“Além de zelar pelos próprios públicos e pelo cumprimento do Código de Posturas do Município, a GCM faz rondas diuturnas em toda a cidade”. A prefeitura disse, ainda, que pessoas flagradas em atitudes suspeitas são conduzidas ao distrito policial.
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