Amapá teve 2,3 mil casos registrados de violência contra mulher em 2022, aponta MP

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Maioria das vítimas estão na faiza etária entre 26 e 35 anos e sofreram violência dentro de casa, segundo o Ministério Público. Em 93% dos casos, agressores convivem ou conviveram com as vítimas. Macapá concentrou o maior número de registros, com 55% dos casos
Rafael Aleixo/g1
Foi divulgado nesta quarta-feira (17) o relatório estatístico da violência doméstica contra mulheres no Amapá. Os dados apurados pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa da Mulher (CAO-DM), do Ministério Público do Estado (MP-AP), mostram o registro de 2.342 casos de violência em todo o estado em 2022.
Segundo o levantamento, em 73% dos casos as vítimas sofrem ciclos da violência, que incluem violências físicas e psicológicas. Em 43% dos registros as vítimas sofreram ameaças, enquanto outros 31% sofreram lesões corporais leves.
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Os dados revelam que em 86% das práticas ocorrem dentro das casas e no período noturno. Desses casos, 93% são cometidos por agressores que convivem ou conviveram em união estável com a vítima, como companheiros, ex-companheiros, maridos e namorados.
A capital Macapá lidera o número de casos com 55% dos registros. Em seguida aparecem os municípios de Santana, com 15%; Laranjal do Jari, com 10%; Tartarugalzinho, com 6%; e Oiapoque com 4%.
De acordo com a promotora Alessandra Moro, a violência doméstica ocorrem 3 fases, sendo a psicológica, física e a última quando as vítimas recebem pedidos de desculpas, que faz com que parte das vítimas passem de forma silenciosa.
“Conhecer o perfil dessa vítima e desse agressor é um importante passo para combater a violência, pois permite atacar o problema em sua origem. Através desse levantamento estatístico, realizado anualmente pelo Ministério Público, conseguimos desenvolver um trabalho não apenas punitivo, mas preventivo”, descreveu a promotora.
O mapa estatístico foi apresentado durante a inauguração da nova sede da Procuradoria Especial da Mulher na Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (Alap).
Sala da Procuradoria Especial da Mulher, na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap)
Rau Borges/Alap
Faixa etária dos agressores e vítimas
De acordo com o levantamento, a maioria das vítimas e dos agressores estão na faixa etária de 26 a 35 anos.
Agressores:
34% – 26 a 35 anos
22% – 36 a 45 anos
18% – Não informado
16% – 18 a 25 anos
8% – 46 a 59 anos
Vítimas:
36% – 26 a 35 anos
24% – 18 a 25 anos
20% – 36 a 45 anos
8% – Não informado
7% – 46 a 59 anos
Veja endereços das delegacias da mulher no AP:
Macapá
Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DCCM)
Endereço: Rua São José, s/nº, bairro Centro, Macapá.
Santana
Delegacia de Crimes Contra a Mulher de Santana (DCCMS)
Endereço: Avenida Santana, nº 2203, bairro Centro.
Laranjal do Jari
Delegacia da Mulher de Laranjal do Jari
Endereço: Rua Vitória Regia, nº 2860, bairro Agreste.
Nos demais municípios as delegacias comuns atendem as ocorrências de violência. Denúncias também podem ser feitas através do 180.
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