Caso Quênia: Justiça marca primeira audiência de instrução contra pai e madrasta acusados de matar bebê de 2 anos

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Marcos Vinícius Lino de Lima e Patrícia André Ribeiro respondem por homicídio triplipamente qualificado com emprego de tortura. Quênia Gabriela Oliveira Matos de Lima tinha 59 lesões pelo corpo. Quenia Gabriela Oliveira Matos de Lima
Reprodução
O juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, marcou para o dia 3 de julho, às 16h30, a primeira audiência de instrução e julgamento do processo em que Marcos Vinícius Lino de Lima e Patrícia André Ribeiro são acusados de matar a menina Quênia Gabriela Oliveira Matos, no dia 9 de março.
Ele, que é pai, e ela que é madrasta, são acusados pelo Ministério Público de homicídio triplamente qualificado, com emprego de tortura, com recurso que dificultou a defesa da vítima e por ter sido praticado contra menor de 14 anos.
Quênia Gabriela foi morta no bairro de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, e seu laudo médico apontou que ela teve morte por ação contundente, devido a politraumatismo torácico e abdominal.
Na denúncia, feita pela 2ª Promotoria de Justiça junto ao IV Tribunal do Júri da Capital, Patrícia é acusada de ter agredido a criança com violência no rosto, cabeça, tórax, abdômen, dorso, braços, pernas e orelhas. Já o pai Marcos Vinícius é acusado de cúmplice na prática do crime, na medida em que, como pai da menina, deveria e poderia agir para evitar o resultado, tendo a obrigação de cuidado, proteção e vigilância.
Pai culpa a madrasta em HC
Em tentativa de deixar a prisão no começo de abril, a defesa de Marcos Vinicius Lino de Lima, pai de Quênia, entrou com um Habeas Corpus pedindo a liberdade do seu cliente, e alegou que Patricia, a madrasta, agrediu a criança quando ele não estava em casa.
“O próprio Ministério Público confirma que quem efetuou as lesões e causou a morte (da criança) foi a madrasta. O MP diz que ele apenas cometeu omissão”, disse advogado Jairo da Silva Mota , que presenta Marcos Vinicius.
O caso foi descoberto depois que a médica que atendeu a menina Clínica da Família Hans Jurgen Fernando Dohmann, em Guaratiba, correu para a delegacia para avisar os policiais, com os pais ainda na unidade de saúde.
Marcos nega as agressões e diz que tudo “é um erro”. Já Patrícia afirma que a enteada se machucou caindo.
Morte por meio cruel
Segundo o laudo médico, Quenia Gabriela tinha 59 lesões por todo o corpo, principalmente no rosto e no abdômen, além de sinais de abuso sexual. Os hematomas alguns novos outros antigos revelaram uma rotina de agressão física e maus tratos vivida dentro de casa.
Laudo da menina de 2 anos
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Criança já tinha sido atendida com ferimentos
A médica lembrou que Quenia já tinha sido atendida na clínica em novembro do ano passado com um corte de 5 centímetros no couro cabeludo. Na ocasião, a madrasta informou que uma louça tinha caído na cabeça da enteada.
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