Psicóloga ofende funcionários de restaurante no Museu do Amanhã, e vítimas relatam agressão; VÍDEO

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Juliana Machado também é acusada de agressão. Ela foi levada para a delegacia, onde o caso foi registrado como lesão corporal, e liberada em seguida. Psicóloga ofende funcionários de restaurante no Museu do Amanhã

Uma psicóloga ofendeu uma chef e um auxiliar de cozinha de um restaurante no Museu do Amanhã, no Centro do Rio. Ela também é acusada de agressão e homofobia.
Psicóloga: Eu vou denunciar essa ** Eu sou desembargadora, sua *** e vou trazer a polícia aqui pra fechar essa ***
Vítima: Pode trazer
Psicóloga: Eu sou desembargadora. Você tá *** Seu via** **** Você é sapatão
Depois de xingar, ela pega a garrafa de bebida e volta às ofensas.
Psicóloga: Sua sapatão de mer**
As cenas são do último sábado (27) e aconteceram no restaurante Casa do Saulo, que fica no Museu do Amanhã. A mulher que diz ser desembargadora é, na verdade, a psicóloga Juliana de Almeida Cezar Machado.
Segundo a chef Isabela Duarte, desde a chegada ao restaurante a mulher já estava discutindo com os pais. Quando os ânimos se exaltaram, os funcionários tentaram retirar Juliana do estabelecimento.

“Acabou que nesse momento que a gente direcionou ela lá pra fora, tentei acalmá-la. Foi no momento que ela se sentiu contrariada e acabou também me agredindo verbalmente, falando coisas de cunho preconceituoso e, nesse momento, os outros clientes passaram, e ela acabou querendo derramar vinho nessa cliente”, conta Isabela.

Além das ofensas, a chef Isabela conta que foi agredida fisicamente.

“Eu fui tentar impedi-la e numa segunda tentativa eu consegui segurá-la, mas no outro braço ela estava segurando a taça. Foi quando ela me agrediu fisicamente e aí, acertou a taça do vinho, estilhaçou no meu braço e aí, teve algumas escoriações. E meu braço começou a sangrar. Ela tentou arremessar a garrafa de vinho e nesse momento o caos se instaurou”, falou a vítima.

Discussão entre psicóloga e chef foi filmada

Em outro vídeo, é possível ver que o braço de Isabela está sangrando e que uma funcionária e clientes do restaurante também ajudaram a conter a mulher.
Henrique Lixa, auxiliar de cozinha no restaurante, conta que também foi agredido no rosto.

“Ela atingiu o meu lábio. Me bateu no rosto. Ela me arranhou no braço, na mão. E aí eu me afastei um pouco da situação para não me exaltar mais. Depois a polícia chegou, ela continuou cometendo crimes homofóbicos.”

A mulher foi levada para a delegacia, onde o caso foi registrado como lesão corporal, e depois liberada. O boletim de ocorrência não menciona crime por causa das ofensas preconceituosas.

Agora, os advogados do restaurante vão pedir para que a polícia reveja o registro.
“Pra mim foi até surpreendente que a agressora tenha conseguido sair com um papel na mão, livre, pela porta da frente da delegacia, e continuando ofendendo os policiais militares que a levaram para lá”, diz Henrique Tartarotti, subgerente do restaurante.
“Nunca que eu ia imaginar que a gente ia chegar no trabalho e acontecer isso, porque você sai de casa com o único intuito que é trabalhar, fazer seu serviço da melhor maneira possível. Se a gente não fala, acaba se calando, a gente acaba sendo cúmplice, por assim dizer, do que tem acontecido. E acho que o meu papel nisso tudo não pode ser esse. Tem que ser de se posicionar e pedir que, de alguma maneira, as coisas precisam ser resolvidas, esclarecidas. E pedir justiça”, diz a chef.
O RJ2 tentou contato com a psicóloga, mas não conseguiu retorno.

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