Água verde no Grande Canal de Veneza não oferece perigo

Misterioso líquido verde não representa ameaça à saúde das pessoas, garantiram as autoridades. Nenhuma pessoa ou grupo reivindicou responsabilidade pela mudança de cor da água.O líquido verde fluorescente que tingiu o famoso Grande Canal de Veneza no domingo não é perigoso, concluíram as autoridades locais.

Conforme as primeiras análises efetuadas na manhã de segunda-feira (29/05) pelos técnicos da agência regional de prevenção e proteção ambiental do Veneto (Arpav), o líquido verde parece ser um composto orgânico corante usado para inspeções de água ou em cavernas.

A informação foi divulgada por meio de um tuíte pelo presidente da região do Veneto, Lucas Zaia:

De acordo com a Arpav, os resultados “não mostraram a presença de elementos tóxicos nas amostras coletadas”. A origem da substância, porém, ainda não havia sido esclarecida até a manhã desta terça-feira.

“Palco para o ativismo”

Pelo Twitter, Zaia criticou o fato de Veneza ter se tornado um “palco para o ativismo”. No domingo, quando as águas do Grande Canal de Veneza amanheceram tingidas de verde, surgiram especulações de que poderia ser um ato de protesto encenado por ambientalistas.

A polícia tratou em seguida tranquilizar a população, garantindo que o líquido não representava uma ameaça à saúde dos moradores locais. O representante do Ministério do Interior em Veneza, Michele di Bari, chegou a convocar uma reunião de emergência para elaborar possíveis contramedidas.

A área verde brilhante podia ser vista desde a Ponte Rialto até parte do Grande Canal. O administrador da região do Vêneto, Luca Zaia, disse no Twitter que a cor verde foi relatada inicialmente por moradores locais.

Nenhuma pessoa ou grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade pelo fato. No entanto, no domingo passado, um grupo ambientalista usou carvão vegetal para tingir de preto as águas da Fontana di Trevi, em Roma, para protestar contra as políticas climáticas do governo.

O incidente deste domingo provocou comparações com um evento ocorrido em 1968, quando o artista argentino Nicolas Garcia Uriburu tingiu de verde as águas do Grande Canal da cidade para promover a conscientização ecológica durante a Bienal de Veneza.

bl (AFP, Reuters, AP)