Bancos cortarão crédito de frigoríficos que compram gado de área desmatada

Os principais bancos brasileiros passarão a negar créditos para frigoríficos que comprarem gado de abate oriundo de áreas de desmatamento ilegal da Amazônia e do Maranhão.

É o que determina um protocolo comum de autorregulação para a cadeia de carne bovina no país, aprovado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A medida vale para fornecedores diretos e indiretos.

O acordo, já firmado com 21 bancos até o momento, deve ser anunciado oficialmente nesta terça-feira (30/5). Entre os signatários, estão Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal.

As instituições financeiras que já aderiram ao compromisso passarão a exigir dos frigoríficos que implementem um sistema de monitoramento e rastreabilidade até dezembro de 2025. Os empréstimos só serão concedidos às empresas que cumprirem a exigência.

De acordo com a Febraban, também será possível verificar, por meio do monitoramento, o cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão.

“Para promover a adoção dessas práticas, as instituições financeiras definirão os planos de adequação, incentivos e consequências cabíveis”, diz a nota da Febraban.

“Para que o progresso dos frigoríficos seja monitorado ao longo do tempo, foram estabelecidos indicadores de desempenho, a serem divulgados periodicamente”, afirma a entidade.

Veja a lista dos bancos que já assinaram o documento

Itaú Unibanco
Banco ABC Brasil
Banco Bradesco
Banco BTG Pactual
Banco Citibank
Banco Cooperativo Sicredi
Banco Daycoval
Banco do Brasil
Banco do Estado do Pará
Banco do Estado do Rio Grande do Sul
Banco do Nordeste do Brasil
Banco Fibra
Banco Mercantil do Brasil
Banco Original
Banco PAN
Banco Safra
Banco Santander Brasil
Banco Toyota do Brasil
Banco Votorantim
Caixa Econômica Federal
China Construction Bank Banco Múltiplo

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