Base do governo orienta contra, mas marco temporal vai a votação

base-do-governo-orienta-contra,-mas-marco-temporal-vai-a-votacao

Após liberar sua base para a aprovação do regime de urgência, a bancada governista orientou de forma favorável à retirada de pauta do PL 490/2007, responsável por legalizar a tese do Marco Temporal para Terras Indígenas. Apesar disso, o requerimento foi derrotado e o projeto continua na pauta desta terça-feira (30/5).

O requerimento de retirada de pauta foi derrotado com 257 votos contrários e 123 favoráveis. Além do governo, orientaram a favor a federação PT-PCdoB-PV e a federação PSOL-Rede. Os demais blocos e partidos orientaram contrariamente, mantendo o marco temporal na pauta. A expectativa é aprovação sem dificuldades no plenário.

Mais cedo, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, apontou uma suposta negligência do governo para achar um acordo. “O proposto era retirar a ação e discutir uma saída. Esse acordo continua de pé, mas até a votação. Ninguém do governo que propôs o acordo ontem voltou pra dizer se estava bom, se estava ruim, se tinha andado. Entendo que não andou. A maioria expressa sua vontade de acordo com o que o STF decidiu lá atrás”, disse.

Mais cedo, a ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara pediu a retirada de pauta do marco temporal. la classificou o texto como “um genocídio legislado”, destacando seu impacto sobre povos indígenas isolados e a autorização para a prática do garimpo nas Terras Indígenas. Ela citou como exemplo a crise humanitária ocorrida no Território Yanomami.

Em síntese, o marco temporal reconhece que apenas as terras já ocupadas por povos indígenas em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, podem ter sua demarcação reivindicada. A medida é amplamente criticada por defensores da causa indígena, mas conta com apoio da bancada do agro.

The post Base do governo orienta contra, mas marco temporal vai a votação first appeared on Metrópoles.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.