Crise hipertensiva: entenda o episódio de pico de pressão alta que Sidney Magal teve

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Sidney Magal posa para foto no Rio de Janeiro em agosto de 2021
João Cotta/Globo/Arquivo
O cantor Sidney Magal, de 72 anos, está internado em estado estável desde a última sexta-feira (26), após passar mal devido a uma crise de hipertensão arterial durante um show no interior de São Paulo.
Em um vídeo, Magal afirmou que o que ocorreu como ele não foi grave, apenas um pico de pressão, mas que foi aconselhado pelos médicos a permanecer no hospital para observação.
O pico de pressão alta é um sinal de alerta. A crise hipertensiva acontece quando há um aumento súbito e grave da pressão arterial, que pode levar inclusive a problemas de saúde como ataques cardíacos, derrames ou outros problemas mais graves em alguns casos. Entenda mais abaixo.
1. Antes de tudo: o que é a pressão?
A pressão é um valor que não é fixo e que pode variar instantaneamente, dependendo do estado da pessoa no momento (se está em repouso, em atividade, nervosa ou falando alto, por exemplo). O valor é considerado normal quando o máximo atinge até 120 mmHg ou, popularmente, 12, e o mínimo fica na faixa de 80 mmHg, ou 8. É a almejada pressão 12/8.
2. Quando vira um problema?
Na maior parte das vezes, a hipertensão não dá sintomas, o que pode dificultar o diagnóstico. Por definição médica, é considerada hipertensão a pressão em 14 por 9 ou acima disso.
Em situações de estresse ou tensão, a pressão pode também subir já que o corpo fica em estado de alerta. Com isso, os batimentos cardíacos aumentam, o coração bombeia mais sangue para os músculos, o que acaba fazendo uma pressão maior nas paredes das artérias.
3. E o que pode acontecer durante o pico?
Segundo o Mayo Clinic, uma entidade sem fins lucrativos dos EUA e referência em pesquisas médicas, a pressão arterial severamente alta pode danificar os vasos sanguíneos e os órgãos do corpo, incluindo o coração, o cérebro, os rins e os olhos.
Durante uma crise hipertensiva, o coração pode não ser capaz de bombear sangue efetivamente.
Por isso, as crises hipertensivas costumam ser agrupadas em duas principais categorias:
🟡 As crises hipertensivas urgentes: quando a pressão arterial é de 180/120 mmHg ou mais e, nesses casos, não há sinais de danos aos órgãos.
🔴 E as crises hipertensivas de emergência: quando a pressão arterial é de 180/120 mmHg ou mais e, nesses casos, há danos com risco de vida aos órgãos do corpo.
4. Quais são as principais causas das crises?
De acordo com a Cleveland Clinic, pacientes que têm problemas de saúde do tipo geralmente possuem o seguinte perfil:
São homens mais velhos e negros
Se esquecem ou não tomam medicamentos para pressão arterial constantemente
E têm obesidade e certas condições cardíacas
Fora isso, algumas interações medicamentosas também podem causar o problema
5. E de forma geral, quais doenças estão associadas à hipertensão?
Segundo o NHS, a hipertensão prolongada pode aumentar a probabilidade de várias condições médicas graves e potencialmente fatais, incluindo:
doença cardíacas
ataques cardíacos
infartos
insuficiências cardíacas
aneurismas
doenças renais
e o risco de o paciente desenvolver demência vascular
6. Como então evitar o quadro?
Para prevenir o problema, a principal forma é reduzir a quantidade de sódio da alimentação, substância que aumenta e mantém a pressão em níveis mais altos.
O Ministério da Saúde recomenda que as pessoas consumam no máximo 5 gramas de sal por dia, o equivalente a uma colher de chá. A média de ingestão do brasileiro é de 10 a 14 gramas diários.
O álcool também influencia na pressão arterial. O limite máximo permitido para que a bebida não cause danos à pressão é de uma dose diária (uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de uísque) para o homem e meia dose para a mulher. Mas, apesar da falta de risco cardiovascular, esse volume já pode ser suficiente para causar dependência.
Por fim, é importante fazer atividade física regularmente, de preferência quatro vezes por semana, durante uma hora cada (15 minutos de aquecimento, 30 minutos de exercício e mais 15 de desaquecimento).
As atividades aeróbicas são as mais recomendadas, como caminhar, correr, nadar e andar de bicicleta, pois produzem substâncias que ajudam a controlar a pressão de 12h a 24h após os exercícios.
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