Manaus – Ana Beatriz Barbosa Guimarães, 20, presa preventivamente, apontada como autora da morte da sobrinha Lorena Ferreira Rodrigues, que tinha 2 anos, confessou o crime e contou detalhes à Polícia Civil, nesta quarta-feira (31). A prisão aconteceu no bairro Tancredo Neves, zona leste de Manaus.

(Foto: Montagem D24am / Reprodução)

De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), a tia junto com o companheiro Jhon Lennon, foragido da polícia, agrediam e torturavam a criança há meses.

“Conseguimos imagens de monitoramento que o Jhon Lenon saiu do trabalho por volta das 11h do dia 23 do trabalho, em uma motocicleta, junto com a mochila vazia. Ele se dirigiu até a casa e depois saiu com a Ana Beatriz e a mochila com o corpo da criança nas costas. Essa criança já saiu morta dentro da mochila para Autazes”, disse a delegada.

Essa criança estava com o casal após a mãe ter ido viajar com um novo companheiro. A mãe ainda prometeu pagar um dinheiro para os tios ficarem com a menina.

“Ela (Ana Beatriz) relata episódios de tortura de diverdas formas. Ela conta que Jhon Lenon dava rasteira na criança, a menina caia no chão e ele se divertia com isso. Ele trabalhava como serviços gerais em um hopsital e usava um esfregão para bater na cabeça de Lorena”

Em depoimento, Ana Beatriz relatou a polícia como tinha sido o dia 22 de março antes da morte.

“No dia 22 de março os dois haviam espancado essa criança que passou a desmaiar e acordar. Em consequência das pancadas que vinha recebendo na cabeça. Segundo a Ana Beatriz, ela fez a criança dormir e ao acordar por volta das 10h do dia 23, ela percebeu que a criança estava sem respiração”

“Nesse momento, Jhon Lenon estava no trabalho. Ela ligou para ele e pediu para que ele fosse para casa e assim eles decidissem juntos o que ia fazer. Ainda segundo a tia da vítima, foi o homem que enrolou a criança no lençol e colocou na mala. Quando passaram pela Ponte do Rio Negro, a ideia de Jhon Lenon era jogar o corpo no rio. Porém, Ana Beatriz convenceu de levar o corpo para Autazes”

Ainda segundo a polícia, ao chegar em Autazes eles foram para a casa do pai de Ana Beatriz. O corpo da menina ainda ficou uns três dias na mala e quando começou o mal cheiro, o casal enterrou no quintal da casa. No dia seguinte, um animal de estimação da familia acabou descobrindo o corpo.

Ana Beatriz foi presa em 2022 por ocultação de cadáver. Ela chegou a ficar presa durante dois meses. Agora, com as investigações, o mandado de prisão preventiva foi dado em nome dela.

Jhon Lenon ainda não foi preso, continua foragido e sendo procurado pela policia civil do Estado.

Veja vídeo:

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