CPI do 8 de janeiro não terá investigado de estimação, diz Maia

O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), disse nesta 4ª feira (31.mai.2023) que a comissão não terá “investigados de estimação”. Segundo ele, as convocações ou convites serão feitas independentemente das patentes e dos cargos dos investigados e testemunhas.

“A CPI não tem por que distinguir investigados, não tem por que ter investigado de estimação. Se tiver que investigar quem quer que seja, a patente ou cargo é o que menos vai influenciar”, disse em entrevista a jornalistas.

Formulário de cadastro

Ele criticou, no entanto, convites que tenham o propósito de criar “fato político”. A pertinência com as investigações será o critério para pautar requerimentos. A CPI tem número recorde de pedidos, com mais 600 apresentados.

“O que a gente não pode admitir são convocações com propósito meramente político. O que nos levará a colocar um requerimento em apreciação ou não é a pertinência do requerimento”, afirmou.

QUEBRAS DE SIGILO

Além de convites e convocações, a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que a CPI também deve aprovar pedidos de quebra de sigilo. Ela disse que comissão definirá prioridades e nem todos os requerimentos apresentados serão ser votados.

“Outros nomes [de convocados] serão fruto, inclusive, dessas quebras e também das oitivas que serão feitas nessas primeiras rodadas”, disse a senadora.

“Teremos a aprovação de requerimentos para oitivas e, naturalmente, também alguma coisa de compartilhamento de dados. Nós temos aí hoje já mais de 600 requerimentos apresentados e vários deles inclusive com pedidos de quebra de sigilo”, declarou.

Arthur Maia e Eliziane Gama se reuniram nesta tarde com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para falar do funcionamento da CPI. O colegiado deve ter mais de uma reunião semanal a partir da 2ª semana de junho. Na 5ª feira (1º.jun), a CPI se reúne para a apresentação do plano de trabalho da relatora.