Haddad vê alta do PIB acima de 2% nesse ano e ‘janela de oportunidade importante’ para corte de juros

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (1) que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, com expansão de 1,9% sobre os três últimos meses do ano passado, confirmam as previsões da área econômica do governo de que a economia brasileira terá uma expansão acima de 2% em 2023 fechado.
Ele disse, ainda, que o atual cenário da economia, com a inflação desacelerando e juros futuros do mercado recuando, com indicações de sustentabilidade das contas públicas, abrem uma janela de oportunidade para redução da taxa básica de juros pelo Banco Central. Haddad não disse, porém, quando essa “oportunidade” poderia ser aproveitada pelo BC.
“Para manter a economia gerando emprego, a gente precisa tomar cuidado com 2024 e não…. e ter clareza de que temos aí uma oportunidade muito boa, pois a inflação está vindo controlada, juro futuro caindo bastante sensivelmente, o que abre uma janela de oportunidade importante para a política monetária [redução da taxa de juros]”, declarou o ministro.
Haddad afirmou, ainda, que almoçou nesta quinta-feira com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Questionado se o corte de juros poderia vir próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que ocorre nos dias 20 e 21 de junho, ele disse que sua opinião sobre o assunto é conhecida.
“Mantemos o dialogo permanente com o BC. Agora mesmo vim de um almoço com o Roberto Campos, conversamos longamente sobre o cenário econômico de 2023, 2024 e 2025. Estamos trocando impressões o tempo todo, técnicas, minha equipe e a dele, para que possamos convergir cada vez mais os propósitos do BC e da Fazenda na mesma direção”, se limitou a dizer.
Segundo o ministro, a equipe do Ministério da Fazenda continuará focando no “esforço fiscal”, ou seja, na melhoria das contas públicas, para garantir os resultados do novo marco fiscal. Pelas regras do arcabouço fiscal, que está sendo avaliado pelo Congresso Nacional em substituição ao teto de gastos, um crescimento maior da arrecadação abre espaço para mais despesas no ano que vem.
“Então tudo isso vai se combinando virtuosamente para que possamos entrar em um ciclo de desenvolvimento sustentado”, concluiu Haddad.
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