‘Exame do sono’: entenda como é o procedimento que pode ajudar a identificar a causa do ronco

‘exame-do-sono’:-entenda-como-e-o-procedimento-que-pode-ajudar-a-identificar-a-causa-do-ronco


Polissonografia é fundamental para o diagnóstico de distúrbios que acontecem enquanto dormimos, como a apneia (obstrução da respiração que provoca o ronco). A polissonografia geralmente é feita em centros especializados, onde o paciente é ligado a sensores em todo o corpo para o monitoramento do sono.
WIKIMEDIA/DOMÍNIO PÚBLICO
A polissonografia, também chamada de “exame do sono”, é um procedimento para diagnosticar distúrbios que acontecem enquanto dormimos. O exame também avalia a qualidade do sono do paciente já que registra diversas alterações que ocorrem no nosso corpo durante o sono.
O método considerado “padrão-ouro” é feito em laboratórios especializados e hospitais, embora algumas técnicas mais modernas e realizadas em casa também ajudem.
Para realizá-lo, o paciente deve então ser monitorado durante uma noite completa de sono.
Esta reportagem é parte de uma série do g1 sobre o ronco que explica o que causa o ruído; o que são CPAPs e BiPAPs; quando procurar ajuda médica sobre o ronco e apneia do sono; e o que de fato funciona e o que não ajuda em nada para parar de roncar; além de mostrar a quantidade de pessoas na fila da polissonografia na rede pública.
scrolly sono
Abaixo, entenda em dez pontos como a polissonografia é feita e o que fazer após seus resultados.
1. Como é o exame?
A polissonografia geralmente é feita em centros especializados, onde o paciente é ligado a sensores em todo o corpo para o monitoramento do sono.
No serviço privado, porém, existem técnicas que permitem a realização do exame quase que completo em casa.
Polissonografia: mais de 12 mil brasileiros aguardam na fila para fazer o ‘exame do sono’
2. Por que a polissonografia é feita?
A polissonografia é fundamental para o diagnóstico de distúrbios do sono, como a Apneia Obstrutiva do Sono.
A apneia é a causa mais grave do ronco. Ela ocorre quando as nossas vias áreas se estreitam num ponto que chegam a ficar bloqueadas, interrompendo a respiração por alguns segundos.
Além disso, o exame também pode ser solicitado para ajustar o tratamento de distúrbios já identificados.
Veja qual método usar para saber seu tempo de sono ideal e a qualidade dele
3. Quais distúrbios do sono o exame pode identificar?
Além da apneia obstrutiva do sono, a polissonografia pode diagnosticar os seguintes distúrbios:
💤 Quadros de narcolepsia, ou seja, aqueles episódios incontroláveis de sono durante o dia;
😵‍ Transtornos convulsivos causados pelo sono;
💪 Perturbações musculares, como o transtorno do movimento periódico dos membros, que causa principalmente a movimentação involuntária e periódica das pernas durante o sono;
😫 Parassonias, um grupo de graves distúrbios que podem resultar em sonambulismo e quadros de despertar associados a um estado de confusão mental;
⌛ Além de quadros mais graves e recorrentes de insônia.
“Às vezes, o paciente tem a percepção que ele não dorme ou de que ele tem até um sono de qualidade razoável. Então, são várias as alterações que podem ser avaliadas melhor com a polissonografia”, diz Rosana Cardoso Alves, médica do sono do Fleury Medicina e Saúde.
Dormir mais de 8 horas é preguiça? Veja respostas e qual o tempo certo do sono reparador
4. Quando é indicado fazer?
Um médico pode recomendar a polissonografia se suspeitar que você sofre de apneia do sono ou dos outros problemas relacionados ao sono mencionados acima.
No caso da apneia, é importante estar atento aos seguintes sintomas:
😮‍💨 Se você percebe (ou costuma acordar após) paradas de respiração ao longo da noite;
😴📢 Se você faz ruídos ofegantes e sufocantes enquanto dorme;
🥱😠 E se você se sente bastante cansado, irritado e sonolento ao longo do dia.
Se você também encontrar alguém apresentando esses sinais de alerta, leve-o ao médico.
A recomendação para o paciente fazer polissonografia é dada a partir de suspeitas de diagnóstico como transtornos de sono, transtornos respiratórios de sono, transtornos de movimento relacionados ao sono”.
5. O que acontece durante o exame?
Os testes monitoram diversas informações enquanto dormimos, como:
Funções cerebrais;
Movimentos oculares;
Atividades musculares;
Ritmo cardíaco;
Níveis de saturação de oxigênio;
Fluxo de ar na garganta;
Movimentação do tórax.
🎥 Em alguns casos, registros em vídeo da noite de sono também são feitos para uma avaliação mais completa.
Todas essas informações são comparadas durante os nossos estágios do sono. Como mostrou o g1 na série especial sobre o sono, depois de adormecer, entramos em diferentes fases de sono do REM e o NÃO-REM (NREM).
6. O que eu preciso saber antes?
☕🍺 Se você planeja fazer uma polissonografia, evite o consumo de álcool e cafeína até no máximo às 14h da tarde do dia do teste. Além disso, evite dormir à tarde.
💊🗓 Se você faz uso de medicações, o NHS, o serviço de saúde britânico, também recomenda que você as tome normalmente durante o dia. Porém, converse antes com o seu médico sobre o uso das drogas durante o período próximo à realização do exame.
7. Em quanto tempo posso fazer o exame?
O exame precisa ser feito durante uma noite completa de sono. Prepare-se para pernoitar no hospital ou em um laboratório para realizá-lo.
8. Tem algum risco?
A polissonografia é muito segura, indolor e não tem efeitos a longo prazo.
9. Os resultados são confiáveis?
Sim, principalmente no caso da polissonografia “padrão-ouro”, os resultados são bastante confiáveis e ajudam no diagnóstico de distúrbios relacionados ao sono.
“Com o exame, é possível que o médico confirme várias hipóteses diagnósticas, não somente a apneia do sono, mas muitos outros transtornos de sono que fazem parte dos mais de cem itens catalogados na Classificação Internacional dos Transtornos de Sono”, acrescenta Andrea.
10. E o que fazer depois?
Depois que um especialista avaliar as informações coletadas durante o exame, você pode ter o diagnóstico negado ou confirmado para algum distúrbio.
No caso positivo para a apneia do sono, por exemplo, depois de constatada a síndrome, seu médico pode até indicar o uso de aparelhos para a melhora do quadro, como o CPAP, que funciona oferecendo uma pressão de ar alta o suficiente para evitar o fechamento (colapso) de suas vias aéreas.
Initial plugin text
Adicionar aos favoritos o Link permanente.