MPRJ pede a prisão dos indiciados pelo assassinato do ator Jeff Machado

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Nesta quarta (31), a Polícia Civil do RJ indiciou Bruno Rodrigues e o garoto de programa Jeander Vinícius da Silva Braga por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. MPRJ já deu parecer favorável à prisão temporária dos suspeitos. Caso Jeff: defesa diz que Bruno enterrou corpo usando dinheiro sacado da vítima, mas nega participação no homicídio
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, pediu a prisão temporária de Bruno de Souza Rodrigues e de Jeander Vinícius da Silva Braga indiciados pela Polícia Civil por homicídio qualificado e ocultação de cadáver do ator Jefferson Machado Costa. De acordo com o pedido de prisão assinado pelo Promotor de Justiça Sauvei Lai, o crime foi premeditado por Bruno, com auxílio de Jeander.
“Os ora indiciados são suspeitos de praticarem os crimes de homicídio e de ocultação de cadáver contra Jefferson, aproveitando-se do momento em que mantinham relação sexual com a vítima para pôr em prática plano criminoso, estrangulando-a e colocando o seu cadáver em um baú, para, posteriormente, ocultá-lo no terreno do imóvel alugado por Bruno, onde o enterraram e concretaram a cerca de dois metros de profundidade”, diz o pedido de prisão.
recebeu nesta quarta-feira (31) o inquérito do caso Jeff Machado. O documento foi distribuído para a 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, que promete uma análise dos fatos e das provas “na maior brevidade possível.”
Nesta quarta (31), a Polícia Civil do RJ indiciou Bruno Rodrigues e o garoto de programa Jeander Vinícius da Silva Braga por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) pediu a prisão dos dois à Justiça, que ainda não se manifestou.
O MPRJ já deu parecer favorável à prisão temporária dos dois suspeitos.
Os advogados de Bruno afirmaram nesta quinta-feira (1º) que o produtor não matou o ator, mas admitiram que o cliente enterrou o corpo após o crime. Para tanto, segundo a defesa, Bruno sacou dinheiro da conta de Jeff.
Bruno Rodrigues e Jeander Vinícius foram indiciados pela morte do ator
Reprodução
Segundo os advogados João Maia e Pedro Moutinho, o assassino de Bruno é um homem chamado Marcelo — que a polícia afirma ser um personagem inventado, já que quase nada se sabe sobre ele, como sobrenome e endereço. Os investigadores dizem que Bruno e Jeander premeditaram e executaram o crime.
Bruno descreve Marcelo como “uma pessoa agressiva, envolvida com a milícia, que fazia coisas erradas”.
Os defensores afirmaram que Jeff foi morto em 23 de janeiro, em casa, durante a gravação de um vídeo pornô. Segundo a tese de Bruno, coube a ele filmar, e na residência, em Guaratiba, estavam Jeff, Jeander e Marcelo.
Os advogados relataram que, depois que Bruno “desceu para beber água”, Jeander e Marcelo aparecem “com Jeff desacordado”. O produtor então percebe que o ator está morto.
“Marcelo estava bastante agressivo e determinou que o corpo fosse colocado no baú e determina que ele seja ocultado”, contou João Maia.
De acordo com o defensor, a caixa é colocada no carro de Jeff, e os três seguem para a casa sublocada por Bruno em Campo Grande. “Jeander dirige, Bruno está no carona e o Marcelo está atrás com o corpo”, indicou.
João Maia explicou Marcelo desceu do veículo em certo ponto e que somente Bruno e Jeander continuam a viagem. Jeander “passou a noite cavando” e no dia seguinte “enterrou o baú”.
Os advogados disseram que Bruno então sacou dinheiro da conta de Jeff “para comprar ração para os cachorros” e para “fazer obras na casa”, como levantar o muro.
O vídeo gravado estava no telefone do Jeff e do Jeander. Após a ocultação do corpo, o telefone do ator ficou com o Bruno, foi para o Jeander e depois foi descartado. Segundo o Bruno, o Marcelo mandou sumir com os telefones.
A defesa disse que Jeff pode ter sido morto porque supostamente tinha HIV e, numa relação sexual sem proteção com Marcelo, teria passado o vírus para ele.
“Essa é uma informação que o Jeander passou para o Bruno. Em nenhum o Bruno sabia disso”, emendou o advogado.
Sobre a intermediação para um trabalho em uma novela, a defesa afirmou que “de fato o Jefferson tinha interesse de que o Bruno o ajudasse na colocação de um papel”. “Bruno apresentou uma pessoa, de nome Felipe, que tinha relação no meio artístico. O valor foi pago para o Bruno, que repassou para o Felipe. O Felipe devolveu parte do valor”, disse João.
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