Servidores técnicos da UnB entram em greve contra corte nos salários

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Com greve marcada para ter início nesta sexta-feira (2/6), servidores e técnicos administrativos da Universidade de Brasília (UnB) reuniram-se em uma assembleia na reitoria da instituição para tratar sobre decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de cassar a garantia de pagamento de benefício de 26,05% sobre os salários desses profissionais da universidade.

A determinação do ministro do STF impede a continuidade da ação referente ao pagamento do benefício conhecido como Unidade de Referência Padrão (URP) 89, que funciona como um parâmetro para atualizações e reajustes de salários, mas que deixou de ser usado em 1989.

Atualmente, a instituição conta com 4.519 servidores técnicos, sendo 3.053 servidores na ativa e 1.466 aposentados.

Por meio de nota, o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) informou que a suspensão do pagamento representa prejuízo real na qualidade de vida de todos os servidores, com a redução da aquisição de alimentos, vestuário, remédio e pagamento de aluguel.

Diante do impacto da decisão para a categoria, a Coordenação Geral do Sintfub acionou todos os setores envolvidos: reitoria, representantes legislativos, tanto do DF quanto do Governo Federal, além das representações jurídicas e politicas ligadas à universidade e educação.

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“Nós acreditamos que o movimento tem colocado toda a comunidade na defesa da manutenção da URP. Fomos recebidos em várias estruturas do governo. Entendemos que essa retirada do benefício é mais um ataque à UnB, que tem sofrido com os cortes dos orçamentos e verbas”, pontou o coordenador geral do Sintfub, Edimilson Lima.

Segundo Lima, a pauta da assembleia que marca o início da paralisação era para mobilizar a categoria na luta pela permanência do benefício sobre os salários. Os servidores farão uma paralisação por tempo indeterminado.

Dificuldades

Na ocasião, a reitora da UnB, Márcia Abrahão, destacou as dificuldades salariais enfrentadas pelos servidores da instituição que foram apresentadas em agendas de urgência com a Administração Superior da universidade e, também, com procuradores da Advocacia-Geral da União.

“Sabemos da complexidade da ação, mas nessas duas agendas falamos que nós temos mais de 30 anos recebendo a URP. Somos um dos menores salários da Esplanada dos Ministérios. Temos aposentados e pensionistas com grave situação financeira, além de muitos endividados”, ressaltou.

Ainda, segundo a reitora, a expectativa é que o Sintfub reúna-se, na próxima quarta-feira (7/6), com o ministro Gilmar Mendes para debater sobre a possibilidade de suspensão da cassação.

“A minha avaliação é que nós conseguimos sensibilizar tanto o ministro Gilmar Mendes quanto a Advocacia-Geral da União”, destacou Márcia.

Na próxima segunda-feira (5/6) será protocolado um recurso junto ao STF para que, até o julgamento final do caso, os efeitos da retirada da URP sejam suspensos.

Além da manutenção do benefício salarial, os servidores também reivindicam melhoria nas condições de trabalho, rigor na apuração e punição aos casos de assédios contra técnicos, implementação do Programa de Gestão de Desempenho, dentre outras pautas.

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