Protetor Ambiental: como programa busca conscientizar adolescentes em Florianópolis

Um programa desenvolvido pela PMA (Polícia Militar Ambiental) para adolescentes entre 12 e 14 anos busca conscientizar as novas gerações para infrações ambientais.

Chamado de Protetores Ambientais, a iniciativa acontece desde 2010 e já formou mais de 12 turmas. O ND+ acompanhou por um dia a rotina da 13ª turma, no Parque Ecológico do Rio Vermelho (PAERVE), com aula ministrada pelo subtenente Marcelo Duarte, abordando o tema da fauna.

Saiba como foi o dia dos protetores ambientais da turma Mike – Foto: Thiago Keller/Divulgação/ND

O programa tem como objetivo incentivar os jovens a combater infrações ambientais e promover a conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente.

Atualmente, o programa expandiu suas atividades e trabalha com duas turmas, uma no período da manhã e outra à tarde. Em mais um dia de atividades normais, os protetores iniciaram a manhã aprendendo sobre os perigos da caça excessiva de espécies e seus impactos negativos no equilíbrio dos ecossistemas.

Protetor Ambiental e a aula de Fauna

Na aula, o oficial abordou sobre a importância da preservação ambiental e dos cuidados com os animais. Ele explicou aos novos protetores que maus-tratos configuram crime e instruiu sobre como a legislação deve ou não intervir em questões ambientais relacionadas costumes regionais.

Subtenente Marcelo comandou a aula de quarta-feira (31) – Foto: Thiago Keller/Divulgação/ND

Através do compartilhamento de suas experiências iniciais na PMA e de casos engraçados que vivenciou, o subtenente mesclou bom humor com a educação ambiental. A maneira da abordagem cativou a atenção e estimulou a empatia dos alunos em relação ao assunto, fortalecendo ainda mais o seu envolvimento com a temática.

Evoluindo e educando

Na segunda parte da aula, foram detalhadas as diversas funções desempenhadas pela Polícia Militar Ambiental, com o objetivo de apresentar aos jovens protetores a evolução dos recursos humanos e dos programas de conscientização ambiental implementados no parque.

O subtenente destacou as atividades realizadas pela instituição, como a fiscalização de crimes ambientais, a proteção da fauna e flora, além do apoio a projetos de preservação. Isso permitiu que os alunos compreendessem o papel fundamental desempenhado pela Polícia Militar Ambiental na proteção e conservação do meio ambiente.

“Cafezinho bem quentinho…”

Durante a aula, os protetores fizeram uma pausa para o lanche, um dos momentos marcantes do programa. O intervalo foi preenchido com histórias divertidas dos monitores e suas famosas “receitas” de pãezinhos com mortadela, especialmente os oferecidos pelos sargentos Murilo Aguiar e Mario Campos da Silva, que já estiveram à frente do programa por muitos anos.

As histórias compartilhadas entre os participantes sempre criaram uma atmosfera descontraída e proporcionaram momentos de descontração, fortalecendo ainda mais o vínculo entre os alunos e a equipe de instrutores.

Aproximação com a natureza que nos cerca

Na terceira parte da aula, ocorreu uma atividade especial em que os protetores tiveram a oportunidade de conhecer de perto a aranha bola, uma espécie muito comum no Brasil.

A Maria Bola passou de mão em mão, sendo tratada com carinho pelos protetores – Foto: Thiago Keller/Divulgação/ND

Sob a supervisão do sargento Adriano e do subtenente Marcelo, os alunos que se sentiram à vontade puderam manusear essa pequena aracnídea e explorar mais de perto suas características.

A experiência proporcionou aos participantes uma vivência direta com o animal, permitindo que ampliassem seu conhecimento sobre a aranha e desenvolvessem uma maior compreensão e respeito pelos seres vivos presentes em nosso ambiente. A aranha-maria-bola é inofensiva.

Visita ao museu da R3 Animal

Após a aula, os protetores tiveram a oportunidade de visitar o Museu Ecológico da R3 Animal, onde puderam aprofundar seus conhecimentos sobre os impactos do descarte de lixo no mar e como isso afeta a fauna marítima.

Durante a visita, foram apresentadas informações detalhadas sobre os efeitos negativos do lixo marinho e a importância da conscientização ambiental.

Museu Ecológico da R3 Animal – Foto: Thiago Keller/Divulgação/ND

Além disso, os protetores puderam aprender mais sobre os animais que chegam ao Brasil e como a R3 Animal desenvolve seu trabalho de educação ambiental e resgate desses animais.

O museu ofereceu exposições interativas, mostrando casos reais de animais afetados pelo descarte de lixo no mar e destacando as ações da R3 Animal para mitigar esses impactos.

Após a visita ao museu, os protetores foram conduzidos ao centro de recuperação de animais marinhos, onde tiveram a oportunidade de ver de perto as instalações e entender como os pesquisadores e veterinários tratam e recuperam animais que sofreram acidentes ou estão em situação de vulnerabilidade.

Os protetores obtiveram uma visão mais detalhada do trabalho realizado pela equipe de resgate, reabilitação e cuidados com animais marinhos.

Protetores conhecem o centro de animais marinhos – Foto: Thiago Keller/Divulgação/ND

A visita ao centro de recuperação proporcionou aos protetores uma compreensão mais profunda dos esforços necessários para ajudar e proteger a vida marinha em situações de emergência.

Eles puderam testemunhar o compromisso e a dedicação dos pesquisadores e veterinários que trabalham incansavelmente para garantir o bem-estar e a sobrevivência dos animais marinhos afetados por acidentes ou outros problemas.

Essas visitas ao museu e ao centro de recuperação de animais marinhos permitiram que os protetores ambientais ampliassem seus conhecimentos e desenvolvessem uma maior consciência sobre os desafios enfrentados pela fauna marinha e a importância de proteger e preservar o meio ambiente marinho.

O leão Christian e uma lição

O programa ainda teve momentos de emoção e lições para a vida. No final da aula, o subtenente mostrou um pequeno documentário sobre a história do leão Christian, que havia sido adotado por dois homens, criado como um animal doméstico e mais tarde foi solto em seu habitat natural.

O intuito da apresentação era destacar a importância da conservação e do respeito pelos animais selvagens, fazendo os alunos refletirem sobre a responsabilidade que temos em proteger e preservar o habitat natural dos animais, permitindo que vivam de acordo com suas necessidades e instintos naturais.

Fora de forma, marche

Para finalizar, os protetores realizaram mais um de seus exercícios rotineiros. Antes de formarem o pelotão, a chefe de turma designada para aquele dia conduziu uma série de exercícios finais com o objetivo de estimular a circulação sanguínea e despertar os alunos para o restante do dia.

Inscrições futuras e relatórios das aulas

Para acompanhar o andamento do calendário do programa e se programar para realizar a inscrição, fique de olho no blog dos Protetores Animais.