Florianópolis monta comissão contra servidores grevistas que não voltaram ao trabalho

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A Controladoria-Geral de Florianópolis  montou uma comissão para investigar servidores grevistas que descumprem a decisão judicial que obrigou retorno ao trabalho. A abertura do procedimento foi publicada no sábado (3), no Diário Oficial do Município.

Greve foi iniciada pelos trabalhadores municipais de Florianópolis

Audiência foi realizada na tarde da última sexta-feira (2), na praça Tancredo Neves – Foto: Sintrasem/Divulgação/ND

A montagem da comissão levou em consideração a decisão judicial do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) e a recomendação do MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina), que deram aval para a prefeitura apurar a situação internamente.

Como sindicância funcionará?

A comissão é formada por servidores técnicos da Controladoria, Procuradoria, Secretarias de Administração, Governo, Saúde, Educação e Assistência Social foi designada para conduzir a sindicância.

O colegiado tem um prazo de 72 horas para concluir as investigações e iniciar os processos administrativos individuais sobre servidores que estão descumprindo medida judicial e faltando ao trabalho.

Sindicato repudia comissão: “Traidores”

Em nota, o Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis) chama os membros da sindicância de “traidor dos trabalhadores”.

“É importante que a categoria saiba que, quem permanecer nesta comissão, deve ser reconhecido pelo que realmente é: um traidor dos trabalhadores”, escreveu o sindicato nas redes sociais.

Nesta segunda-feira (5) haverá uma assembleia entre os grevistas a partir das 13h30. Em seguida, o sindicato garante que os servidores prometem ir até a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho de Santa Catarina, onde ocorrerá a audiência com a prefeitura solicitada pelo sindicato.

O que os trabalhadores cobram?

O Sintrasem declara que, após quase dois meses de negociações de Data-base, a prefeitura “não apresentou uma resposta que atenda as reivindicações dos trabalhadores, além de negar avanços e investimentos para a melhoria do serviço público de Florianópolis”.

Já a prefeitura, diz que as negociações entre executivo e sindicato estavam abertas e com proposta de aumento real por parte da Prefeitura: 6% no salário e mais 6% no vale-alimentação. Além disso, o município ofereceu mais uma gratificação aos auxiliares de sala, grande massa de trabalhadores da educação, o que resultaria em um aumento total de 17% no salário.

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