Borboleta rara é vista pela 1ª vez após mais de 100 anos

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Espécie era conhecida apenas por uma ilustração e era considerada pelos pesquisadores como uma ‘lenda’. Borboleta é reencontrada após 100 anos
Legado das Águas
Imagine a sensação de ficar, frente a frente, com uma borboleta vista pela última vez há mais de 100 anos? A rara Adelpha herbita foi vista na maior reserva privada de Mata Atlântica do país: o Legado das Águas, no Vale do Ribeira.
Quando os pesquisadores viram a borboleta incomum livre na natureza a capturaram e levaram para análise. Como o ciclo de vida da borboleta é muito curto, logo em seguida, ela morreu.
Diante da relevância científica da descoberta o exemplar foi doado ao Labbor (Laboratório de Borboletas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), instituição de referência no estudo desses insetos no Brasil.
Agora, o exemplar único da rara borboleta integra a coleção biológica do Museu de Diversidade Biológica da Unicamp, ampliando o conhecimento e a relevância científica do Brasil.
Até então existia apenas a ilustração da espécie
Legado das Águas
Até então, a espécie era tratada por pesquisadores como uma lenda, já que era conhecida apenas por uma ilustração, em um livro publicado em 1907. A descoberta foi em 2019, mas só agora foi divulgada.
De acordo com a pesquisadora Laura Braga, a importância desse “achado” para a ciência é imensurável.
“Agora vai ser possível aprofundar o estudo e compreensão dessa espécie singular. A presença da Adelpha herbita na reserva reforça a importância desse território para a preservação das espécies da Mata Atlântica “, destaca.
Legado das Águas é a maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil
Luciano Candisani/Arquivo Pessoal
O professor doutor, André Victor Lucci Freitas, coordenador do Labbor, destaca a importância das coleções biológicas para o progresso da ciência e enfatiza que a ausência de um exemplar depositado por mais de 100 anos gerou uma lacuna significativa de conhecimento.
“Agora, a Adelpha herbita se junta a outros espécimes valiosos da coleção, tornando-se uma peça fundamental para o estudo das borboletas não apenas no Brasil, mas em todo o mundo”, finaliza.
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