PF cumpre mandados de busca e apreensão no Amazonas contra suspeitos de adulterar provas em chacina cometida por PMs

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Ação faz parte da investigação que apura a participação de policiais militares no assassinato de cinco pessoas, entre ribeirinhos e indígenas, no desaparecimento de outras duas, além da tortura de moradores da região. PF cumpre mandados de busca e apreensão no Amazonas contra suspeitos de adulterar provas em chacina cometida por PMs
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no Amazonas contra suspeitos de adulterar provas de uma chacina cometida por PMs.
Eram 6h da manhã, quando os agentes cercaram a casa do empresário Manoel Gonçalves de Paiva, em Nova Olinda do Norte. No imóvel, a Polícia Federal apreendeu R$ 100 mil em dinheiro.
No hotel do empresário, a polícia revistou quartos e apreendeu HDs de todos os computadores. Também houve buscas em um escritório de advocacia. A justiça expediu sete mandados de busca e apreensão.
A ação faz parte da investigação que apura a participação de policiais militares no assassinato de cinco pessoas, entre ribeirinhos e indígenas, no desaparecimento de outras duas, além da tortura de moradores da região.
O episódio ficou conhecido como massacre do Rio Abacaxis.
Os crimes ocorreram em agosto de 2020, quando a PM investigava a morte de dois policiais militares. Segundo a PF, uma das vítimas foi torturada no hotel. A perícia concluiu que as imagens das câmeras de segurança foram adulteradas.
Agora que teve acesso aos equipamentos que arquivam os dados dos computadores, a Polícia Federal espera recuperar a gravação das agressões – que teriam começado nos corredores do hotel, onde há câmeras.
A PF já indiciou o então secretário de Segurança Pública do Amazonas, Louismar Bonates, e o comandante da PM à época, Ayrton Norte, pelos crimes de homicídio, tortura, fraude processual e associação criminosa.
A Polícia Federal aponta os dois como mandantes do massacre. Outros 130 policiais são investigados.
O advogado de Louismar Bonates e de Ayrton Norte disse que eles não cometeram nenhum crime. Manoel Gonçalves de Paiva declarou que tem colaborado com as investigações – e que o dinheiro apreendido tem origem legal.
Em abril deste ano, Bonates e Norte foram indiciados pela Polícia Federal
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