Aerolula: avião foi adquirido durante o primeiro mandato do presidente e custou R$ 167 milhões; relembre polêmica

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Agora, de acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o governo estuda novamente a possibilidade de troca da aeronove por um modelo com mais lugares e maior alcance. Luiz Inácio Lula da Silva em sua última viagem a bordo do “AeroLula” em janeiro de 2011, após a posse da ex-presidente Dilma Rousseff
Ricardo Stuckert/Presidência
Em 2005, o Brasil adquiriu, pela sétima vez, um avião para transporte do Presidente da República. O ocupante do Palácio do Planalto era Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então em seu primeiro mandato. A aquisição custou a Lula muitas críticas e o apelido do aeronave – Aerolula – usado de forma pejorativa pela oposição.
Agora, de acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o governo estuda novamente a possibilidade de troca da aeronove. Em resposta ao questionamento do g1 sobre o caso, o Comando da Aeronáutica informou que “analisa solicitação da Presidência da República”, confirmando que a substituição está na pauta da Presidência.
O atual avião é um Airbus ACJ-319 e, quando foi adquirido, era o único jato do tipo em operação no Brasil. A aeronave foi usada também pelos presidentes Dilma Roussef (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), como visto nas imagens a seguir. Em janeiro de 2019, por exemplo, o ex-presidente Bolsonaro embarcou para Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial a bordo do Aerolula.
Ex-presidente Dilma desembarcando em Roma depois de viajar em avião oficial da Presidência da República
Roberto Stuckert Filho/PR
O ex-presidente Jair Bolsonaro acompanhado de sua comitiva a caminho de Davos, na Suíça
Reprodução/ Redes sociais
Ex-presidente Michel Temer em viagem à China
Reprodução/Twitter/@MichelTemer
O avião da FAB custou cerca de US$ 56,7 milhões (R$ 167 milhões no câmbio da época) aos cofres públicos. Ele foi inaugurado com um quarto de casal, banheiro com chuveiro, uma sala para o presidente, além de 55 lugares. Em valores de hoje, com correção monetária pelo índice IPC-A, o avião teria custado R$ 450 milhões.
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Antes disso, o Boeing 707, mais conhecido como “Sucatão”, era o responsável pelo transporte dos chefes de Estado. Ele foi comprado em 1986 durante o governo de José Sarney e foi substituído devido ao seu alto custo de manutenção, consumo elevado, dificuldade para operar em pistas curtas e em fazer voos longos sem escala.
Desde que assumiu o seu terceiro mandato, agora em 2023, Lula já esteve em nove países e pretende, ainda este ano, realizar outras sete viagens. E, para dar continuidade às visitas internacionais, o atual presidente pediu a troca do modelo comprado durante a sua primeira gestão, o Aerolula.
Além disso, o alcance de 8.500 km da aeronave é considerado limitado, já que destinos mais distantes demandam, obrigatoriamente, uma ou mais escalas. Quando viajou para a China, em abril deste ano, a comitiva de Lula precisou fazer duas paradas: uma em Lisboa, em Portugal, e outra em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
Lula e o vice-presidente Alckmin antes do embarque do presidente para Lisboa, em abril de 2023
Ricardo Stuckert
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