As empresas que mais devem ganhar com o programa de incentivo a veículos

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Medida é positiva para Vamos e Marcopolo ao estender desconto para a compra de caminhões e ônibus, diz Santander

Se antes a discussão se concentrava em como as fabricantes e locadoras de automóveis iriam ser afetadas pelo que parecia ser um programa do governo dedicado a aquecer o mercado de carros populares, agora as atenções se voltam para quem opera com os pesos pesados do setor automotivo: as fabricantes de ônibus e locadoras de caminhões.

Após o Ministério da Fazenda mostrar que o foco maior passou a ser os veículos de transporte de passageiros e carga, o time de analistas do Santander fez um estudo que indicou que as principais beneficiadas da bolsa seriam a Vamos e a Marcopolo.

Segundo o anúncio do governo, haverá um pacote de R$ 1,5 bilhão para incentivar a renovação da frota no país, dos quais dois terços vão para veículos pesados (R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus e vans) e um terço (R$ 500 milhões) para veículos leves no valor de até 120 mil, que o governo tem chamado de carros populares.

O maior desconto será para a compra de ônibus e caminhões, com reduções de preços que vão de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil, a depender do porte. A ideia é incentivar a a substituição de veículos com mais de 20 anos em circulação.

No mercado de caminhões, o Santander estima que a medida pode estimular a venda de 10,5 mil unidades, o que, consequentemente, aqueceria as revendas de usados, um dos segmentos em que a Vamos atua, com uma participação de 27% na sua receita líquida. “Vemos o programa como positivo para a companhia”, disse o banco, em relatório.

No caso dos ônibus, a estimativa do Santander é o que o programa estimule a venda de 4,5 mil unidades. O banco acredita que o aumento da produção para atender a maior demanda deve beneficiar a Marcopolo , dado que o proposta de renovação da frota é relevante.

Já para as locadoras de carros o impacto deve ser mais limitado, uma vez que o desconto na compra de veículos novos, que vai variar de R$ 2 mil a R$ 8 mil, será válido apenas para os consumidores finais nos primeiros 15 dias do programa, prazo que pode ser prorrogado para 60 dias se a demanda for maior e o orçamento de R$ 500 milhões ainda não tiver esgotado. Só depois disso é que empresas poderão comprar carros com desconto. No total, o programa vai durar quatro meses, ou até acabar o orçamento de R$ 500 milhões.

Para o Santander, o menor preço para os carros novos geraria uma redução no preço de vendas de usados, impactando negativamente as locadoras. “As companhias poderiam compensar parcialmente esse efeito com a compra de veículos novos mais baratos caso o governo estenda esses benefícios para os compradores pessoa jurídica”, disse o banco.

As vendas de seminovos representaram 54% da receita líquida da Movida e 50% da Localiza. O Santander estima que o programa pode abranger a compra de até 100 mil carros.

Fonte: Pipeline Valor

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