Cresce o número de pessoas com autismo no mundo


Neuropsicóloga explica com realizar diagnóstico preciso Clínica IBN
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo possuem Transtorno do Espectro Autista (TEA), distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a forma como o indivíduo se relaciona com o mundo ao seu redor. Apesar da invisibilidade, subnotificação e com carência de dados, cada vez mais pessoas são diagnosticadas com autismo.
Os dados mais recentes, revelam que uma a cada 36 crianças dos Estados Unidos com menos de 8 anos têm autismo. Em 2010, a taxa era de um caso a cada 68 meninos e meninas. A pesquisa foi realizada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em 2020, porém divulgada em abril deste ano.
A curva de crescimento pode ser percebida no comparativo com os dados de 2000, quando a prevalência era de um em 150, ou nos estudos preliminares da área, realizados ainda nos anos 1960, quando esse número era estimado em um a cada 2,5 mil.
Ainda sobre a pesquisa, nos EUA a proporção de crianças com autismo é de 2,8%, a de adultos é de 2,2%.
No Brasil não existem estatísticas ou dados atualizados, apenas uma estimativa da OMS, no ano de 2010, que cita o país como tendo aproximadamente 2 milhões de pessoas com autismo.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fez o primeiro levantamento no censo de 2022, com previsão de divulgação dos dados ainda no segundo semestre deste ano.
No que tange ao tratamento, Dra Suzana Lyra destaca que a arteterapia tem alcançado importantes resultados (CRP03/9748), neuropsicóloga
Renato Santana Santos
Para Suzana Lyra (CRP03/9748), neuropsicóloga, Diretora e Responsável Técnica do Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento Suzana Lyra (IBN), o aparecimento de novos casos está relacionada com uma melhoria na capacidade de identificação do transtorno.
“A avaliação neuropsicológica cumpre um importante papel. Trata-se de uma avaliação detalhada que revela como o cérebro está funcionando e quais são as dificuldades específicas. Através dela é possível identificar comportamentos, habilidades e dificuldades, fornecendo um panorama completo para tratamento eficaz”, pontuou.
Terapias
O diagnóstico precoce, bem como a compreensão dos diferentes níveis de suporte devem ser levados em conta durante o tratamento.
Apesar de não serem fixos, os níveis de suporte podem ser leve, quando os indivíduos geralmente são funcionais, mas podem ter dificuldades em situações sociais complexas e na comunicação não verbal; moderado, quando há necessidade de apoio mais frequente em atividades da vida diária e comunicação; e severo, que exige grande dependência de auxílio para atividades básicas e comunicação limitada.
“Mesmo se tratando de TEA, estamos falando de indivíduos, que podem apresentar níveis de suporte diferentes. Dessa forma, a avaliação neuropsicológica torna-se ainda mais importante, permitindo um diagnóstico mais preciso e, consequentemente, um plano de tratamento personalizado e eficaz, permitindo intervenções direcionadas”, acrescentou.
Quanto ao tratamento, em linhas gerais, Dra Suzana recomenda um acolhimento multiprofissional, para reabilitação de forma integral, com olhar humanizado, pensando no paciente e também na família.
“No que tange às terapias, a arteterapia desenvolvida com os pacientes do IBN, tem alcançado importantes resultados cognitivos e emocionais. Por meio de técnicas como desenho, pintura, música, poesia, dança, os pacientes trabalham conflitos como estresse e problemas de autoestima, possibilitando melhor interação social”, concluiu.
Sobre o IBN
Localizado na Av. Juracy Magalhães Júnior, 2490 – sala 303, Rio Vermelho, Salvador, o Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento Suzana Lyra (IBN) é um espaço que agrega serviço multiprofissional, com assistência humanizada e de excelência, pautado na qualidade de vida de pacientes com transtornos relacionados à saúde mental.
Responsável Técnica: Dra Suzana Lyra (CRP03/9748), Neuropsicóloga.
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