MORAES autoriza DEPOIMENTO de MAURO CID, ex-ajudante de BOLSONARO, à CPI do 8 DE JANEIRO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (15) o depoimento do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Cid está preso desde o dia 3 de maio por determinação de Moraes sob a acusação de fraudar o cartão de vacinação de Bolsonaro e de seus familiares. Durante as investigações sobre o caso, a Polícia Federal (PF) encontrou no celular dele uma minuta para decretação de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

O documento, que ficou conhecido como “minuta do golpe”, também foi encontrado com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Apesar de liberar o depoimento, o ministro garantiu que Mauro Cid poderá exercer o direito ao silêncio e não responder aos questionamentos que possam incriminá-lo.

Na mesma decisão, Moraes também autorizou os depoimentos do coronel Jorge Eduardo Naime, que comandou a Policia Militar em 8 de janeiro; do indígena José Acácio Serere Xavante e dos envolvidos na tentativa de explosão de uma bomba no Aeroporto de Brasília no ano passado.

Leia mais:
>>> CPMI do 8 de janeiro: Anderson Torres e Mauro Cid estão entre os primeiros convocados para depor; confira lista completa

“Dama dos saques”

Com o objetivo de pedir saques em dinheiro vivo e pagamentos para atender aos interesses da “dama” ou “PD” – termos que usavam para se referir à esposa do então presidente, duas assessoras da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Cintia Nogueira e Giselle Carneiro, mantinham diálogos constantes com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

As informações são do colunista do UOL Aguirre Talento, a partir de relatório da Polícia Federal obtido pela reportagem.

Segundo os advogados de Bolsonaro e de Michelle, as despesas da então primeira-dama eram bancadas com recursos da conta pessoal de Bolsonaro. A defesa nega que existisse desvio de recursos públicos.

Agência Brasil

Adicionar aos favoritos o Link permanente.