Ministério da Saúde não entra em negociação partidária, afirma Alexandre Padilha

Em entrevista ao J10, da GloboNews, nesta segunda-feira (19/06), o ministro-chefe da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou que o Ministério da Saúde ou outros cargos ligados à administração da saúde pública possam servir como moeda de troca no governo.
Segundo Padilha, a possível saída de Daniela Carneiro da pasta do Turismo não está sendo condicionada a entrega de espaços em hospitais federais do Rio de Janeiro. O ministro também negou que o presidente Arthur Lira tenha pedido a indicação no Ministério da Saúde. “Em nenhum momento, a atual ministra e o prefeito de Belford Roxo vieram reivindicar espaços em hospitais federais. Hoje também deixei muito claro que nunca o presidente da Câmara Arthur Lira tenha pedido para mim ou para o presidente Lula uma indicação ao Ministério da Saúde, afirmou.
Alexandre Padilha afirmou ainda que, com a provável troca ministerial após a volta de Lula da Europa, o governo quer atender a uma demanda do União Brasil, que apresentou um desejo de reformulação. O Ministro disse que tem tido uma resposta ‘’muito positiva’’ do partido em votações importantes para a administração petista. No entanto, na votação do texto-base o texto-base marco temporal das terras indígenas na Câmara dos Deputados, o partido votou majoritariamente contra a indicação da base governista, com 48 votos a favor e 2 contrários.
Sobre o jantar realizado na última semana na casa do deputado Fernando Marangoni (União-SP), Padilha afirmou ter se tratado uma dupla comemoração: pela aprovação da MP da Minha Casa, Minha Vida e pela unificação do União Brasil em torno de um nome. No entanto, Padilha negou ter se referido ao Celso Sabino, cotado para a pasta do turismo, como ministro. “Eu disse que via algo muito positivo o fato de o União Brasil ter a bancada unificada em torno de um nome. Que é difícil de acontecer com aquela característica”. Então tinham duas grandes comemorações ali naquele jantar. Uma foi a aprovação da MP do MCV e outra foi a unificação em trono de um nome, ainda mais um parlamentar tão conhecido”, disse.
Questionado se o governo pode vir a ceder cargos e até mesmo ministérios para outros partidos que, atualmente, não ocupam a base, como Progressistas, PSD e Republicanos, Padilha afirmou que esse é um governo de frente ampla. “Sempre estamos abertos, esse é um governo que tem uma frente ampla, que começou com uma composição ampla e busca construir a composição desse apoio”, afirmou.
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