Imagem de satélite mostra geleira ameaçada na Antártica soltando ‘fumaça’; veja


Fenômeno é um raro registro, segundo a Nasa, e mostra ação de águas quentes. A Pine Island é monitorada por especialistas porque está ameaçada pelo aquecimento global. Imagem de satélite capta, de forma rara, ‘fumaça do mar’
Nasa
Uma geleira na Antártida Ocidental parece estar soltando fumaça em uma imagem rara capturada por um satélite da agência espacial americana.
A chamada “fumaça do mar” não é, de fato, fumaça, mas uma camada densa de neblina neblina. Ela aparece como fios brancos acima da superfície escura da água do oceano, onde a geleira Pine Island encontra o mar. (Veja a imagem acima)
➡️ A Pine, junto com a vizinha, a chamada “Geleira do Juízo Final”, está perdendo gelo em um ritmo acelerado nas últimas décadas e tem o potencial de elevar o nível do mar por conta própria em alguns metros.
O evento aconteceu por uma união de fatores:
Primeiro, uma onda de ventos fortes afastou o gelo e a água mais fria, permitindo que a água mais quente subisse à superfície.
Depois, a água mais quente injetou ar quente e úmido no ar seco e frio que a atravessava, característico da região.
Com isso, houve um choque de temperatura que fez com que a umidade naquele ar se condensasse em neblina.
Imagem de satélite mostra ‘fumaça do mar’
Nasa
O resultado disso é que a região ficou coberta pela neblina, a ponta de poder ser registrada por imagens de satélite.
Os especialistas explicam que fumaça do mar em si não é rara – ela pode acontecer a qualquer momento em que ar excepcionalmente frio e seco passa sobre um corpo de água mais quente. No entanto, como a região da Pine Island fica sempre coberta de nuvens, o registro é raro.
A geleira Pine Island é uma parte vital da Antártida e está ameaçada pelo aquecimento global. Segundo especialistas, ela age como encanamento para a enorme camada de gelo que a cerca, enviando um fluxo de gelo para o oceano adjacente.
Ela está perdendo gelo em um ritmo acelerado nas últimas décadas e vem sendo monitorada por especialistas por causa do impacto que isso pode causar no equilíbrio na região, mas também pela possibilidade de aumento no nível do mar.
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