8 pessoas são condenadas pela morte de policial militar em SC; penas somadas chegam a 124 anos

Terminou nesta quarta-feira (30) o julgamento dos oito acusados pela morte do policial militar Marcos Alberto Burzanello, em 2022. Por volta das 20h30 a sentença foi concluída com a condenação das oito pessoas. Se somada, as penas chegam a mais de 124 anos.

Marcos Alberto Burzanello foi morto em 2022; julgamento ocorre nesta semana

Policial foi morto em 2022 no município de Tangará; julgamento dos acusados começou na segunda-feira (28) – Foto: Divulgação/ND

Detalhes das condenações

Os oito réus foram condenados, mas as penas variam conforme as qualificadoras. A maioria dos acusados foram condenados por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ainda, pelo fato do crime ter sido praticado em razão de a vítima ser policial militar.

  • Condenado 1 – 18 anos e 2 meses
  • Condenado 2- 18 anos
  • Condenado 3 – 22 anos
  • Condenado 4 – 19 anos e 5 meses
  • Condenado 5 – 18 anos
  • Condenado 6 – 18 anos
  • Condenado 7 – 5 anos e 4 meses
  • Condenado 8 – 5 anos e 4 meses
Oito pessoas foram condenadas

O julgamento terminou por volta das 20h30 da quarta-feira com oito condenados – Foto: José Adriano/ND

Julgamento começou na segunda-feira

O julgamento dos seis homens e das duas mulheres começou na segunda-feira (28) e o primeiro dia foi dedicado ao depoimento de testemunhas. Na terça-feira (29), a sessão foi interrompida após uma jurada passar mal por conta de uma queda na pressão, ela foi encaminhada ao hospital.

Julgamento do policial militar morto

Julgamento da morte do policial militar começou ainda na segunda-feira (28) e foi finalizado nesta quarta-feira (30) – Foto: TJSC/Divulgação/ND

Amigos e familiares pedem justiça

Por meio da internet, amigos e familiares de Marcos pediram justiça pela morte do policial militar. “Entregamos nossas tristezas para Deus. Que a justiça seja feita eterno Marcos! Não ficarão impunes”, aponta um dos comentários.

O assassinato do policial militar

Burzanello estava de folga no dia 2 de dezembro de 2022, quando teria tentado evitar uma briga em uma casa noturna do município de Tangará.

Em frente ao estabelecimento, o policial foi supostamente cercado pelo grupo. Os acusados teriam dado chutes, socos, pedrada e golpe com garrafa de vidro na cabeça da vítima.

Marcos foi assassinado em SC

O policial militar foi morto em 2022; julgamento aconteceu nesta semana – Foto: Arquivo Pessoal/ND

Um disparo de arma de fogo contra a perna esquerda atingiu a veia femural.

O policial foi levado às pressas para o Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba, a 40 quilômetros do local do crime. Chegou a receber atendimento, mas não resistiu e morreu, deixando a esposa, Isabela Farias, e uma filha de quatro anos.

As câmeras de segurança flagraram toda a ação. Os réus contribuíram de diferentes formas para a consolidação do crime. Alguns deles seguraram a vítima enquanto outros desferiram os golpes, impediram que os seguranças se aproximassem do local e lutaram pela posse do revólver.

A Polícia Militar identificou os réus durante a madrugada, em diferentes pontos da cidade. Três deles tentaram resistir à prisão e entraram em luta corporal com os agentes de segurança.

Os socos e chutes desferidos por um dos réus acabou provocando lesões corporais em dois policiais.

Esposa fala sobre a morte de Marcos

“O Marcos era um cara maravilhoso, o foco da vida dele era estudo e família. Era um pai maravilhoso, os banhos da Lívia [filha do casal] ele quem dava. Sempre muito responsável com ela”, contou a viúva em entrevista exclusiva ao ND Mais no início do mês de janeiro de 2023, quando a morte do policial completou um mês.

Policial militar que foi morto com a família

Isabela e Marcos tiveram uma filha, a pequena Lívia de 4 anos. – Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

“Eu só queria me despedir do amor da minha vida, mas não tive essa oportunidade. Antes de morrer, ele pediu para o amigo dar um beijo nela [na filha] e dizer que foi muito feliz comigo”, lembra a viúva.

 

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