Estiagem no Amapá: governo federal reconhece estado de emergência nos 16 municípios


Municípios seguem sendo acompanhados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e podem solicitar recursos ao Governo Federal. No Bailique, ribeirinhos cavam leito de canal que secou durante estiagem no Amapá
Divulgação
Foi reconhecida nesta quarta-feira (30) a situação de emergência nos 16 municípios do estado do Amapá afetados pela estiagem, pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), através da Defesa Civil Nacional.
Os municípios podem solicitar recursos provenientes do Governo Federal, para que medidas de defesa civil sejam tomadas (Veja quem deve e como solicitar no final da reportagem).
Veja a portaria de reconhecimento do estado de emergência
A situação alcança os seguintes municípios do estado:
Amapá;
Calçoene;
Cutias;
Ferreira Gomes;
Itaubal;
Laranjal do Jari;
Macapá;
Mazagão;
Oiapoque;
Pedra Branca do Amapari;
Porto Grande;
Pracuúba;
Santana;
Serra do Navio;
Tartarugalzinho;
Vitória do Jari.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, esteve no Amapá há uma semana, para tratar questões relacionadas à estiagem. Ele disse que o fenômeno intensifica cada vez mais devido às alterações anormais do La Niña e El Niño.
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“Com a intensidade da mudança climática e alterações nos fenômenos El Niño e La Niña, observamos, neste ano, situações que são mais críticas, intensas e frequentes, do Amapá até o Rio Grande do Sul”, disse.
O Estado do Amapá enfrenta ainda 20 emergências reconhecidas pelo Governo Federal, 16 delas são por conta da estiagem, 3 foram identificadas por infestações e outra por conta da tempestade que atingiu a capital, causada por alterações em um furacão no Oceano Atlântico.
Outras situações climáticas menores que atingem o estado, também se dão por conta da alteração nos fenômenos que causam as anormalidades nos Oceanos Pacífico e Atlântico.
O que colide com o período de estiagem na região Norte e reflete na alteração do clima local, como os redemoinhos de vento que atingiram os municípios de Tartarugalzinho e Santana, e a seca de um canal do Arquipélago do Bailique,
No Bailique, ribeirinhos cavam leito de canal que secou durante estiagem no Amapá
Reprodução
Além do fenômeno ‘Terras Caídas’ também em Tartarugalzinho, onde pessoas tiveram que abandonar as residências na foz do rio amazonas. As alterações trouxeram muitas outras consequências climáticas.
Moradores abandonam casa atingida por erosão no Rio Araguari, no Amapá
Rafael Aleixo/g1
“Estamos, nesse momento, com três Salas de Situação ativas, uma delas da Amazônia, por estiagem e incêndios. Isso quer dizer que o Governo Federal está amplamente mobilizado com suas instituições para atender as áreas afetadas e suas populações”, completou o Ministro.
O ministro destacou ainda que está sendo feita uma força-tarefa com a Defesa Civil Nacional para que as necessidades das cidades em situação de emergência sejam supridas.
“Cumprimos a determinação do presidente Lula que todos os cidadãos do país que estejam passando dificuldades sejam atendidos de forma efetiva”, concluiu.
Como os municípios devem solicitar recursos?
As solicitações devem ser realizadas pelos respectivos municípios através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), conforme as informações no plano de trabalho, da equipe técnica de Defesa Civil Nacional, que avaliará as metas e valores solicitados pelos municípios.
Após a aprovação, uma portaria será publicada no Diário Oficial da União (DOU) com o valor disponibilizado após a análise.
O MIDR, destacou que a Defesa Civil Nacional oferece ainda diversos cursos à distância para que agentes municipais e estaduais de defesa civil se qualifiquem para o uso do S2iD, que objetiva capacitá-los nas três esferas de governo.
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