Presidente da Caixa: juro menor no consignado só quando a Selic cair

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A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, disse nesta terça-feira (27/6) que só será possível reduzir os juros dos empréstimos concedidos pelo banco estatal a partir do momento em que o Banco Central (BC) diminuir a taxa básica de juros da economia, a Selic.

As declarações de Serrano foram dadas em entrevista a jornalistas após sua participação na mesa de abertura do Febraban Tech 2023, seminário promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em São Paulo.

Atualmente, o teto do empréstimo consignado para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é de 1,97% ao mês. O crédito consignado é empréstimo com desconto na folha de pagamento dos assalariados e aposentados.

“O banco não consegue baixar muito mais do que isso porque, obviamente, tem toda uma análise de risco. Estamos lidando com uma taxa básica de juros muito alta”, afirmou Serrano.

“Nossas taxas já são as menores do mercado. Reduzir mais, só se o Banco Central reduzir a Selic.”

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, a Selic foi mantida em 13,75% ao ano. Na ata da reunião, divulgada nesta terça, o Copom, pela primeira vez, indica que poderá iniciar o ciclo de queda dos juros a partir de agosto.

Nesta terça, durante live nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula disse que essa alíquota o deixa “indignado”.

“O que me deixa indignado é que o crédito consignado, que é dado para pessoa que tem emprego garantido, que é descontado no salário e, portanto, não tem como perder, é de 1,97%. Juros sobre juros, dá quase 30% ao mês. Como o cara do crédito consignado vai pagar 30% ao mês, e eu estou emprestando dinheiro para os grandes a 10% ao mês?”, questionou Lula.

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