Saiba salário dos policiais que venderam cocaína ao PCC por R$ 5 milhões; valor impressiona!

Artur Oliveira Dalsin, Marcelo Inácio Vasconcelos Silva e Lucas Valente, acusados na Justiça Federal de supostamente venderem 400 quilos de cocaína ao Primeiro Comando da Capital (PCC), foram reintegrados às suas funções após um afastamento preventivo de um ano e sete meses. Eles seguem recebendo salário, mesmo afastados.

Atualmente, o trio ocupa a Classe Especial, com vencimentos mensais de R$ 7,7 mil. Eles iniciaram na 3ª Classe, onde o salário inicial é de R$ 5,8 mil. Para comparação, policiais da 1ª Classe recebem R$ 6,7 mil, enquanto os da 2ª Classe recebem R$ 6,3 mil. Todos ocupam o cargo de investigador de polícia.

Acusação

Em 2022, os investigadores foram presos enquanto estavam alocados na Delegacia de Combate a Entorpecentes em Santos. O Ministério Público Federal (MPF) os acusou de desviar cocaína apreendida em Cubatão, que seria enviada para a Europa pelo Porto de Santos pelo PCC.

De acordo com a denúncia do MPF, os agentes negociaram a devolução da droga por R$ 5 milhões, com o advogado João Manoel Armôa Junior atuando como intermediário.

Conforme indicado pelo MPF, os investigadores foram flagrados nas interceptações telefônicas realizadas pela PF, marcando encontros e sugerindo atividades que beneficiariam membros do PCC em outros inquéritos.

“Tá, doutor. Vê num lugar aí fechado, mais tranquilo, entendeu? Não muito aberto pra, sei lá… dar oportunidade de alguém, sei lá, fotografar, enfim, entendeu? Por favor”, afirma Artur Dalsin em um dos trechos de conversa com Armôa Junior.

“Doutor, sem problemas, doutor. A gente tá aqui pra se ajudar, tá bom? Aí vê aí, se der pra amanhã de manhã, aí o senhor vê o melhor horário, tá? Ou se precisar eu também vou, não tem problema, vou no escritório do senhor lá e a gente resolve, tá bom?”, declara Lucas Valente em outro momento.

“Os diálogos, e tudo mais que foi apurado até o momento, indicam que os policiais civis aqui investigados possuem contatos com outros integrantes da Polícia Civil, com quem eliminam provas produzidas em investigações em troca de recebimento de vantagem ilícita. E é seguro afirmar, pelo teor dos diálogos, que isso ocorre de forma corriqueira durante o exercício de suas funções”, destacou o MPF.

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