“Estamos investindo em ações que possam deixar legado para o estado”, diz presidente do comitê estadual da COP 30

A preparação do Pará para receber a COP 30 está ligada a “ações que possam deixar legado para o estado”, disse a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan (MDB), presidente do comitê estadual da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

O evento acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém. Essa é a primeira vez que uma cúpula do clima será realizada em uma cidade da Amazônia.

Estrutura para visitantes

De acordo com a vice-governadora, a expectativa é que Belém tenha capacidade de receber até 50 mil participantes nos dias de evento. Para isso, uma série de obras já foi iniciada na capital paranaense.

“Estamos trabalhando em diversas frentes. E uma das principais estratégias é a contratação de cruzeiros com cerca de 5.000 leitos, que funcionarão como hotéis flutuantes”, afirmou. Ghassan lembrou que essa medida já foi utilizada em eventos como Olimpíadas e Copa do Mundo.

A ideia é também deixar como legado uma “rota turística” local para que novos navios atraquem na cidade não só durante o período da COP 30, mas depois também, visto que será inaugurado um Terminal Internacional de Cruzeiros.

Outras iniciativas

Além disso, o governo do Pará firmou parceria com plataformas de hospedagem a fim de facilitar a negociação com os turistas.

Uma outra opção serão as tendas climatizadas, vilas militares e áreas para comunidades indígenas e módulos habitacionais disponibilizados pela gestão estadual, e que,  posteriormente, se transformarão em centro administrativo.

Férias escolares

A vice-governadora disse que a organização do evento já pensa em medidas que possam facilitar também a mobilidade urbana na capital nos dias do evento. Para isso, prevê férias escolares durante os dias em que ocorrerá a COP e também trabalho ‘home office’ para os serviços que não sejam essenciais.

O governo do estado se prepara para receber representantes de 190 países, com os quais já firmou um termo de cooperação.

“É conhecer a experiência, tudo que deu certo e aquilo que precisa ser reforçado”, disse a vice-governadora, lembrando do trabalho de consultorias especializadas em grandes eventos no apoio à organização. “São diversas ações que estão sendo adotadas com planejamento para fazermos a programação”.

Segundo Ghassan, o governo do Pará espera que o evento coloque “Belém no mapa mundial como centro de discussão sobre o futuro ambiental do planeta”.

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