Mentor do 11 de setembro pode se livrar de pena de morte nos Estados Unidos

Imagens do 11 de setembroReprodução

Um juiz militar nos Estados Unidos decidiu manter os acordos de confissão de Khalid Sheikh Mohammed, considerado o cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001, e de outros dois acusados. A decisão vai contra uma ordem do Secretário de Defesa, Lloyd Austin, que havia revogado esses acordos. A informação foi confirmada por um representante do governo à agência Associated Press, que publicou o relato, inicialmente divulgado pelo ‘New York Times’.

A medida do juiz, o coronel da Força Aérea Matthew McCall, ainda não é pública, mas, caso se mantenha, abrirá caminho para que Mohammed e seus comparsas se declarem culpados em um tribunal militar em Guantánamo, Cuba, em troca da exclusão da pena de morte. Os acordos, negociados com o governo, haviam sido sancionados pela comissão militar de Guantánamo, embora a decisão tenha causado polêmica, especialmente entre os congressistas republicanos.

De acordo com o blog jurídico ‘Lawdragon’, que acompanha o caso, o juiz McCall afirmou que Austin não tinha autoridade para interferir, pois a ordem foi emitida após a aprovação oficial dos acordos. Seguir a ordem do Secretário daria a ele um “poder absoluto de veto”, desrespeitando a independência da comissão de Guantánamo. Contudo, para algumas famílias das vítimas, a esperança é de que o processo siga para um julgamento completo, com pena de morte, embora especialistas apontem que tal desfecho seja cada vez mais incerto.

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