Moçambique volta a registrar protestos após eleição contestada

Centenas de manifestantes moçambicanos queimaram pneus enquanto a polícia disparava gás lacrimogêneo para dispersá-los na quinta-feira (7) em Maputo para a maior manifestação até agora contra a disputada eleição do mês passado.

Grupos de direitos humanos dizem que pelo menos 18 pessoas foram mortas na repressão policial aos protestos sobre a votação de 9 de outubro, que estendeu as cinco décadas de poder do partido governista Frelimo. Grupos da sociedade civil e observadores ocidentais disseram que a eleição foi injusta e que os resultados foram alterados.

Quinta-feira foi apelidada de “Dia da Liberdade” em panfletos distribuídos nas mídias sociais pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que comanda um forte grupo de seguidores entre os jovens desencantados do país. Ele ficou em segundo lugar na eleição, de acordo com os resultados oficiais, mas alega que a disputa foi fraudada.

O Conselho Constitucional de Moçambique ordenou na terça-feira (5) que a comissão eleitoral esclarecesse em 72 horas por que houve discrepâncias no número de votos contados nas eleições presidenciais, legislativas e provinciais, de acordo com uma carta vista pela Reuters. Um porta-voz da comissão eleitoral não respondeu imediatamente a uma mensagem solicitando comentários sobre a carta do Conselho Constitucional.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Moçambique volta a registrar protestos após eleição contestada no site CNN Brasil.

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