Cidades da França enfrentam terceira noite de protestos violentos por causa da morte de um filho de imigrantes pela polícia

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Emmanuel Macron convocou uma reunião ministerial de emergência. O presidente francês classificou a ação policial como indesculpável, mas também afirmou que a violência urbana que tomou conta de várias partes do país é injustificável. Cidades da França enfrentam terceira noite de protestos violentos por causa da morte de um filho de imigrantes pela polícia
Jornal Nacional/ Reprodução
A França teve mais um dia de protestos contra o racismo e a violência policial. 176 manifestantes foram detidos agora à noite. O agente acusado de matar um adolescente numa abordagem foi preso.
Na tarde desta quinta, cerca de 6,2 mil pessoas participaram de uma manifestação organizada pela família do garoto Nahel. Na terça-feira (27), ele foi morto por um policial depois de se reusar a parar em uma blitz de trânsito em Nanterre, cidade na Região Metropolitana de Paris. Nahel tinha 17 anos e era de origem argelina.
O presidente francês, Emmanuel Macron, convocou uma reunião ministerial de emergência. Ele classificou a ação policial como indesculpável, mas também afirmou que a violência urbana que tomou conta de várias partes da França é injustificável.
Nesta quinta-feira, 40 mil policiais foram mobilizados no país – 5 mil apenas na região de Paris. A marcha organizada pela família do garoto terminou com confronto entre policiais e manifestantes.
Esse foi segundo dia de protestos e manifestações em várias cidades francesas e a violência não diminuiu, principalmente aqui em Nanterre. Vários estabelecimentos do centro da cidade, como uma agência bancária, ficaram destruídos. As pessoas invadiram vários desses lugares.
O policial que realizou o disparo da arma na terça-feira está preso preventivamente. O policial foi indiciado por homicídio doloso.
A divulgação de um vídeo que contradisse a versão dos policiais de que eles teriam agido em legítima defesa levou ao indiciamento. Depois do tiro, o carro ainda percorreu cerca de 50 metros até parar em um poste. Nahel morreu minutos depois.
Desde terça-feira (27), a Praça Nelson Mandela se tornou um local de homenagens.
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