MDB no Senado declara apoio à candidatura de Alcolumbre, que reúne voto de quase toda as bancadas

Candidato com larga vantagem, Alcolumbre já reúne legendas que somam 72 congressistas. O MDB, partido representado por 11 senadores, declarou nesta quarta-feira (4) apoio à candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) para a Presidência do Senado no ano que vem. O partido também decidiu manter como líder Eduardo Braga (MDB-AM), nos próximos dois anos, 2025 e 2026.
A bancada é a terceira maior da configuração atual da Casa, formada por 11 senadores.
Candidato com larga vantagem, Alcolumbre já reúne legendas que somam 72 congressistas: PSD (15), PL (13), MDB (11), PT (9), União (7), PP (6), PSB (4), Republicanos (4) e PDT (3).
E a maioria do Podemos – quatro dos sete senadores – já declarou apoio ao candidato do União. O total, então, são 76 parlamentares, o equivalente a 94% do Senado, que possui 81 senadores.
São necessários 41 votos favoráveis para vencer a disputa, que acontecerá em fevereiro.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) ensaiou disputar o cargo, mas abriu mão porque seu partido, o PSD, o maior da Casa, apoiou Alcolumbre.
Até a oposição- PL, PP e Republicanos- optou pelo amapaense para não ficar de fora do comando das comissões nem da Mesa Diretora.
PSDB e Novo têm somente um senador cada. As duas siglas e o restante do Podemos, três senadores, ainda não se posicionaram.
Eduardo Girão (CE), único representante do Novo, afirmou que vai incentivar outros nomes a concorrerem, para fazer frente a Alcolumbre.
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Histórico
O senador do Amapá é grande aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), do PSD, que já declarou sua preferência por Alcolumbre publicamente.
O amapaense já foi presidente do Senado, de 2019 a 2021, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem mantinha aliança. Desde a transição, para a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alcolumbre se associou ao petista.
Há três anos, Alcolumbre não pôde concorrer à reeleição porque a Constituição só a permite, para presidentes da Câmara e do Senado, na mudança de legislatura, ou seja, quando há eleições gerais no país. A estratégia do senador foi, então, comandar a comissão mais importante da Casa, a de Constituição e Justiça (CCJ), e escalar seu aliado, Pacheco, para a Presidência do Senado.
O poder do senador do Amapá passa pela gerência de recursos que são enviados aos estados por meio de emendas de comissão, por exemplo, que estão temporariamente suspensas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), devido à falta de transparência. Nesta modalidade, o nome do parlamentar que reserva o dinheiro no Orçamento para projetos e obras não é conhecido.
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