Defesa Civil de Gaza anuncia 20 mortes em bombardeio de Israel contra campo de deslocados

Equipes de resgate buscam entre os escombros carbonizados após um bombardeio israelense no campo de deslocados de Al Mawasi, na Faixa de Gaza, em 4 de dezembro de 2024Bashar TALEB

BASHAR TALEB

A Defesa Civil da Faixa de Gaza, anunciou nesta quarta-feira (4), a morte de 20 pessoas em um bombardeio israelense contra “barracas de deslocados” na região de Al Mawasi, no sul do território palestino, que, segundo Israel, tinha como alvo dirigentes do Hamas.

O porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal, reportou “20 mártires, entre eles cinco crianças, e dezenas de feridos” após um bombardeio israelense contra “barracas de deslocados” no setor de Al Mawasi, a oeste de Khan Yunis, que provocou um grande incêndio.

O Exército israelense indicou à AFP que tinha realizado um ataque “preciso contra responsáveis do Hamas que estavam envolvidos em atividades terroristas na zona humanitária de Khan Yunis”.

Após o ataque, ocorreram explosões sucessivas que “indicam a presença de armamento no local”, uma área costeira que Israel designou como “zona humanitária” e onde se amontoam os palestinos da Faixa de Gaza que foram obrigados a deixar setores alvos de bombardeios.

Moradores e socorristas retiravam as vítimas nos braços e examinavam os restos carbonizados do acampamento buscando possíveis sobreviventes, observou um fotógrafo da AFP.

Praticamente todos os habitantes da Faixa foram deslocados desde o início da guerra, desencadeada após o ataque brutal do movimento islamista palestino Hamas em solo israelense em 7 de outubro de 2023.

O Exército israelense, que acusa os combatentes do Hamas de usarem “as infraestruturas civis da zona humanitária”, já teve Al Mawasi como alvo em ocasiões anteriores.

As autoridades sanitárias do território reportaram mais de 90 mortos nos bombardeios realizados ali em julho, que — segundo Israel — acabaram com a vida do chefe militar do movimento, Mohammed Deif.

Além disso, um ataque noturno deixou 19 mortos em setembro, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas.

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