Vacina da dengue chega ao Brasil, mas aplicação pelo SUS deve demorar

A primeira vacina contra a dengue, a Qdenga, enfim chegou ao Brasil. Criada pela farmacêutica japonesa Takeda Pharma e aprovada pela ANVISA, ela possui até 80,2% de eficácia geral contra o vírus, sendo aplicada em duas doses num intervalo de três meses.

Foto: Divulgação

Existe um porém na história: por enquanto, ela está como vacina privada. Ou seja, caso queira se imunizar contra a dengue, precisará pagar entre R$ 300 e R$ 500 por cada dose.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizará o imunizante para a população, mas não antes de 2025. A previsão se deve por conta de a vacina japonesa ainda não ter passado pelas análises de eficácia, efetividade, segurança e impacto econômico. Tais testes são realizados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC). Segundo informações, a Takeda Pharma enviará o pedido para a CONITEC ainda este mês de julho, mas as análises devem demorar.

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Ao mesmo tempo, existe a produção da vacina nacional contra a dengue. Em produção pelo Instituto Butantan, em São Paulo, o imunizante ‘Butantan-DV’ demonstrou 79,6% de eficácia nos últimos testes. O Ministério da Saúde informa que a vacina está em produção desde 2009, mas não deu explicações sobre a longa demora para a distribuição. Ao completar cinco anos em 2024, o imunizante estará suscetível a aprovação pela ANVISA. Caso aprovado, a distribuição começará em 2025.

Foto: Takeda Pharma

Sobre a vacina japonesa Qdenga, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), Renato Kfouri, comentou que ela ajudou a reduzir 90% das internações por onde foi aplicada:

“Ela não só cumpriu todos os critérios de eficácia, como também de segurança. Também não foram observados efeitos colaterais importantes nesses grupos vacinados durante os estudos, ou seja, confirma o perfil de segurança no curto e longo prazo, bem como a persistência da proteção por praticamente cinco anos daqueles indivíduos vacinados” – afirma Kfouri.

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