Empregabilidade e inclusão: Sistema Fiep conecta pessoas migrantes às indústrias


O Programa Indústria Acolhedora é uma resposta à questão humanitária e à demanda por trabalhadores no setor. Para atender a demanda da indústria do Paraná nos próximos três anos, será necessário qualificar 1,1 milhão profissionais entre 2025 e 2027, segundo o Mapa do Trabalho Industrial, levantado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O número contempla a necessidade de formação de 170,1 mil novos profissionais e de requalificação de 920,4 mil que já estão no mercado.
A empregabilidade é um dos principais desafios que o setor industrial paranaense enfrenta para sustentar sua evolução. “A indústria do nosso estado cresce acima da média nacional e tem potencial para se desenvolver muito mais, mas precisa de profissionais capacitados para acompanhar os avanços tecnológicos e ocupar os milhares de postos de trabalho que são abertos pelas empresas”, afirma o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Vasconcelos.
Para atender à demanda urgente da indústria, o Sistema Fiep tem pensado em soluções que vão além da oferta cursos de qualificação profissional em diversas áreas para contribuir com o aumento da produtividade das indústrias, como o programa Indústria Acolhedora.
Conheça o Indústria Acolhedora
O Paraná é o segundo estado que mais recebeu migrantes e refugiados no Brasil provenientes da Venezuela. Desde abril de 2018, recebeu mais de 26 mil pessoas e Curitiba lidera a lista de cidades brasileiras com o maior número de interiorizados, de acordo com os dados do governo federal sobre a estratégia de interiorização da Operação Acolhida.
O Indústria Acolhedora, promovido pelo Sistema Fiep por meio do Sesi Paraná, é uma iniciativa que visa a integração de pessoas migrantes e refugiadas na indústria, por meio da capacitação e inclusão no ambiente de trabalho.
“Desde 2021 o Sistema Fiep, por meio do Sesi Paraná, faz parte do Fórum Empresas com Refugiados, uma iniciativa da ACNUR e do Pacto Global da ONU no Brasil e também parceiro da Agência da ONU para as Migrações (OIM). O Indústria Acolhedora é uma consequência disso e uma das soluções que enxergamos para a empregabilidade e inclusão”, afirma Hugo Ceron Molina, superintendente do Sesi Paraná.
Como funciona
O programa atua como um facilitador na ligação entre pessoas migrantes em busca de oportunidades de emprego e as empresas que desejam diversificar suas equipes e aproveitar o potencial desses talentos.
Por meio de uma colaboração entre as casas do Sistema Fiep, incluindo Sesi, Senai e IEL, o programa facilita a conexão entre empresas que buscam diversificar suas equipes e migrantes que procuram oportunidades de emprego, oferecendo uma abordagem que foca, em especial, na qualificação técnica dos migrantes, aprimoramento linguístico e sociocomportamental, preparação das indústrias com ações de sensibilização e letramento cultural e formação em gestão da diversidade para lideranças industriais.
Lançado em junho deste ano, o Indústria Acolhedora já realizou ações em parceria com diversas empresas, como GTFoods, BRF, Indústrias FIASUL e Globoaves e já impactou 102 indústrias e 317 participantes em eventos que discutem desafios e soluções para uma integração eficiente de pessoas migrantes na indústria paranaense. Além disso, parcerias com a Organização Internacional para Migrações (OIM) e outras entidades reforçam a credibilidade e o alcance da iniciativa.
O Programa Indústria Acolhedora representa um avanço significativo para a inserção social e econômica de pessoas migrantes no Paraná. Ao alinhar-se aos ODS 4 e ODS 8, não só fortalece a economia local, mas também promove uma sociedade mais justa e inclusiva. Por meio da educação e do trabalho decente, o Sesi Paraná reforça seu compromisso com o desenvolvimento humano e com a construção de um futuro mais equitativo para todos.
Para saber mais sobre o programa acesse sesipr.org.br/industria-acolhedora
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