Tanques de caminhões com ácido que caíram no Rio Tocantins estão intactos

Bombeiros fazem buscas por desaparecidos no rio Tocantins BOMBEIROS MILITAR/GOVERNO DO TOCANTINS

Os tanques dos três caminhões que caíram no Rio Tocantins após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira e transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas estão intactos. O risco de vazamento e contaminação do meio ambiente também é mínimo, segundo confirmou o supervisor de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Caco Graça, nesta quinta-feira (26).

“O pior cenário seria se a carga tivesse sido expelida durante a queda. Isso não aconteceu, os tanques estão intactos, a partir da visão do sonar da Marinha e, também, das equipes técnicas (da Sema), que identificaram isso”, disse ele em entrevista à TV Mirante.

A ponte desabou na tarde do último domingo e faz ligação entre os estados do Maranhão e Tocantins. Na manhã desta quinta-feira, o número de mortos após o desabamento da ponte subiu para oito. Nove pessoas seguem desaparecidas.

De acordo com o supervisor, é possível que uma quantidade muito pequena de produtos químicos tenha contato com a água durante a retirada do material, mas isso não é suficiente para causar graves riscos à vida humana e ao meio ambiente.

“Como já foi trazida a informação pela Agência Nacional de Águas, se toda a carga que está ali tivesse vazada no rio, ainda assim ela não daria prejuízo à vida humana em função da diluição. Lógico que no local, no ambiente ali, no perímetro, você ia ter uma contaminação. E essa alteração de pH e outros tipos de ações ia provocar a mortandade da biota local. Por isso, que nós recomendamos que as pessoas não se aproximem do local, mesmo com embarcações. Então, na retirada, poderá haver (vazamento), mas o risco de contaminação e impacto ambiental ele é pequeno”, disse o especialista do Sema.

O local do acidente está estável e não apresenta risco de contaminação até o momento. Segundo ele, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente está monitorando o Ph da água, principal fator que vai identificar um possível vazamento.

A informação de que a água está livre de contaminação foi dada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em um parecer técnico emitido na terça (24). Depois disso, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, anunciou que a captação de água para o abastecimento da cidade de Imperatriz seria retomada imediatamente.

Após o fim das buscas, segundo o supervisor, será aplicado um plano específico para retirada do material contaminante.

“Muito provavelmente retirar o material pra depois retirar os caminhões, retirar os veículos. Esse é um processo complexo, que requer equipe técnica, que já está no local, são duas empresas. Toda essa articulação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, ela faz parte de um plano de atendimento a emergências. Então nós temos que tomar muito cuidado com todas essas ações que estão sendo desenvolvidas, disse ele.

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