Condomínio onde estudante foi morto em Maricá é disputado por traficantes e milicianos

Menino de 11 anos era levado para o colégio pela mãe quando a Polícia Militar entrou no local em busca de criminosos. A família acusa a PM de entrar atirando no local. Em 2021, bandidos posam armados no ‘Minha Casa, Minha Vida’ de Inoã, em Maricá
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Com 1.460 apartamentos, o Condomínio Carlos Alberto Soares de Freiras, o “Minha Casa, Minha Vida” de Inoã, em Maricá, na Região Metropolitana do Rio foi inaugurado entre 2013 e 2015. Ao longo desses anos, diversos problemas de estrutura e de segurança pública foram registrados no residencial que tem quase 6 mil pessoas.
Atualmente, segundo a polícia, o local é disputado por traficantes e milicianos que atuam na região. De acordo com investigadores, milicianos tentam tomar o local.
Foi em uma das vias do residencial que Dijalma de Azevedo Clemente, de 11 anos, foi morto nesta quarta-feira (12) em um tiroteio entre a Polícia Militar e supostos traficantes. Ele era levado para o colégio pela mãe quando a Polícia Militar entrou no local em busca de criminosos. A família acusa a PM de entrar atirando no local.
Criança morre com tiro na entrada de condomínio em Maricá, na Região dos Lagos
Reprodução/ TV Globo
No ano passado, policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo prenderam, em um restaurante de luxo de Icaraí, em Niterói, Thiago da Silva Santos, o Lafado, ou “300”.
Lafado é apontado como chefe do tráfico de drogas do município de Maricá, e seria o responsável pela venda de drogas no Complexo de favelas de Inoã e no residencial Carlos Alberto Soares de Freiras, onde Dijalma foi morto.
Ele possui uma extensa ficha criminal, já tendo respondido por diversos roubos qualificados, formação de quadrilha, receptação, tráfico e associação para o tráfico de drogas.
Os investigadores chegaram ao paradeiro de Lafado após um denúncia. Ele foi pego quando jantava com a mulher.
Thiago da Silva Santos, o Lafado, foi preso enquanto jantava em restaurante de luxo de Icaraí, Niterói
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Em 2021, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) fizeram uma operação em Maricá para cumprir 20 mandados de prisão e 49 de busca e apreensão contra três quadrilhas que atuam em localidades da cidade com atividades de tráfico e milícia.
A investigação do MPRJ aponta que a narcomilícia é responsável por tráfico de drogas, furto de energia elétrica, sinal de TV, comércio de gás em botijão e por impedir as empresas concessionárias de serviço público de acessarem as regiões.
A investigação também apurou que o grupo efetua diversos roubos na cidade de Maricá, especialmente na Rodovia RJ-106, que corta a cidade.
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