González diz que genro foi sequestrado por encapuzados na Venezuela

Edmundo asilou-se na Espanha em setembro do ano passadoLUIS ROBAYO

O ex-candidato venezuelano Edmundo González usou as redes sociais para revelar que seu genro, Rafael Tudares, foi sequestrado na manhã desta terça-feira (7). O opositor de Nicolás Maduro continua afirmando que venceu as eleições presidenciais de 2024 eque o atual presidente fraudou o resultado.

“Rafael se dirigia à escola dos meus netos para deixá-los no início das aulas. Foi interceptado por homens encapuzados, vestidos de preto, colocado em uma caminhonete de cor dourada, placa AA54E2C, e levado. Neste momento, está desaparecido”, escreveu González no X. 

Na sexta-feira (10), Maduro tomará posse de seu terceiro mandato de seis anos. González garante que retornará à Venezuela para acompanhar a posse. Já os governantes afirmam que, se o opositor voltar ao país, será preso. 

Edmundo se asilou na Espanha em setembro do ano passado, mas visitou a Argentina e o Uruguai no fim de semana. No domingo (5), viajou para os Estados Unidos e encontrou-se com o presidente Joe Biden e com o futuro conselheiro de Segurança do presidente eleito Donald Trump, Michael Waltz. 

Antes de retornar à Venezuela, González tem compromissos marcados no Panamá e na República Dominicana.

O opositor pretende voltar ao país acompanhado de ex-chefes de Estado, como os ex-presidentes Andrés Pastrana (Colômbia), Vicente Fox (México), Felipe Calderón (México), Mario Abdo Benítez (Paraguai), entre outras lideranças latino-americanas. 

Crise na Venezuela

Em 28 de julho, González e Maduro disputaram as eleições presidenciais da Venezuela. O Conselho Nacional Eleitoral declarou vitória do atual presidente venezuelano com mais de 50% dos votos, resultado contestado pela comunidade internacional devido à ausência de atas eleitorais. 

A oposição afirma possuir as atas originais, que indicariam vitória de Edmundo González com cerca de 70% dos votos. 

González passou a ser investigado pelas autoridades venezuelanas e precisou sair do país para evitar a prisão.

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