Alckmin e Lira lamentam posse de Maduro na Venezuela; Brasil enviou embaixadora à cerimônia

Governo Lula não reconheceu vitória de Maduro e tem, como posição internacional, o pedido por mais transparência, com a divulgação das atas da votação pelo órgão eleitoral local. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) classificou como “lamentável” a posse que reconduziu Nicolás Maduro como presidente da Venezuela nesta sexta-feira (10). Alckmin disse que o Brasil o não reconheceu o resultado das eleições.
“Lamentável, mas o Brasil não reconheceu as eleições. A democracia é civilizatória e precisa ser fortalecida, as ditaduras suprimem a liberdade”, disse o vice-presidente à jornalistas no Palácio do Planalto.
Apesar da crítica do vice-presidente, o Brasil enviou a embaixadora em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, à cerimônia de posse de Maduro para seu terceiro mandato como presidente venezuelano, em Caracas.
A cerimônia ocorreu na Assembleia Nacional, e Maduro prestou juramento à Constituição homenageando o ex-presidente Hugo Chávez, que morreu em 2013.
O atual líder do regime não apresentou provas de que venceu o pleito, mas criticou opositores. “Ninguém impõe um presidente à Venezuela”, disse, no discurso.
Fronteira fechada
O governo da Venezuela fechou a fronteira com o Brasil, nesta sexta, informou a Polícia Militar de Roraima. A fronteira entre os dois países fica na cidade de Pacaraima, no norte do estado brasileiro.
Em nota enviada ao g1, a Polícia Militar do estado informou que “as movimentações na cidade de Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, seguem dentro da normalidade, com registro de leve redução no fluxo migratório de entrada no Brasil, mas sem alterações significativas”.
“Também é importante ressaltar que, historicamente, em situações similares, a Venezuela impõe restrições à passagem em seu território pela fronteira em Pacaraima”.
Ministro de Lula critica Maduro
Após a fala de Alckmin, o ministro da Infraestrutura, Rena Filho (MDB-AL), também criticou a continuidade de Maduro à frente do governo venezuelano.
“Manifesto minha indignação à posse de Nicolas Maduro. A tomada do governo pela força bruta e sem legitimidade precisa ser condenada por todos nós defensores da Democracia”, afirmou o ministro em uma rede social.
“Como membro do MDB, partido que historicamente sempre defendeu o respeito às liberdades individuais, à justiça e o voto popular, deixo aqui o meu repúdio ao truculento regime que se impõe mais uma vez hoje com a tentativa de posse desse ditador incansável em desrespeitar a soberana vontade do povo venezuelano”, escreveu Renan Filho.
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