Governo russo diz que estudará novo acordo da Ucrânia com o Reino Unido

O governo russo disse nesta sexta-feira (17) que estudará os detalhes do novo acordo de 100 anos da Ucrânia com o Reino Unido.

Espera-se que a resolução reforce a colaboração militar em segurança marítima e consolida a Grã-Bretanha como parceira preferencial para o setor energético da Ucrânia, estratégia de minerais essenciais e produção de aço verde, entre outras coisas, informou o escritório.

O tratado e a declaração política serão apresentados ao parlamento britânico nas próximas semanas.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, chamou a ideia de bases militares britânicas na Ucrânia de “preocupante” e declarou que Moscou vê negativamente a perspectiva de cooperação do Reino Unido com a Ucrânia no Mar de Azov, chamando-o de “mar interno” da Rússia.

“Dado que a Grã-Bretanha é um país da OTAN, o avanço de sua infraestrutura militar em direção às nossas fronteiras é certamente um elemento bastante perturbador. Em qualquer caso, será necessário analisar melhor o que acontecerá.” comentou Peskov.

O primeiro-ministro britânico Keir Starmer prometeu na quinta-feira (16) trabalhar com a Ucrânia e aliados para oferecer garantias de segurança a Kiev se um cessar-fogo for negociado com a Rússia, e oferecer mais suporte por meio de um acordo de parceria de 100 anos.

Além dos Estados Unidos, o Reino Unido também forneceu armas de guerra à Ucrânia.

Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada.

A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano.

O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia.

Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

 

Este conteúdo foi originalmente publicado em Governo russo diz que estudará novo acordo da Ucrânia com o Reino Unido no site CNN Brasil.

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