Supremo foi atacado em 8 de janeiro, mas não por Bolsonaro, diz advogado

O criminalista Celso Vilardi, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou em entrevista à CNN nesta terça-feira (21) que o Supremo Tribunal Federal (STF) foi atacado durante os atos de 8 de Janeiro, mas que os ataques não teriam partido do cliente dele.

“O Supremo foi atacado no 8 de janeiro, e a instituição… não pelo meu cliente”, disse o advogado em entrevista concedida ao WW. “Mas o que efetivamente deixou o Supremo em estado de choque foram os acontecimentos do 8 de Janeiro”, completou.

Durante a entrevista, Vilardi mencionou que é preciso que julgamento envolvendo Bolsonaro seja justo para “o país virar a página”.

“Acho que, para o país virar a página, nós precisamos de um julgamento justo”, disse Vilardi à CNN. “Nós precisamos de um julgamento que respeite o direito de defesa, e isso significa o Supremo rever todos os atos da investigação, desde o início até o final”, adicionou o advogado.

O criminalista também questionou o sistema de perguntas da Polícia Federal, que classificou como “absolutamente inaceitável”.

“Vi, analisando os autos, que o sistema de perguntas feito pela Polícia Federal é absolutamente inaceitável”, disse o criminalista. “As perguntas são feitas da seguinte forma: ‘o senhor confirma isso, sim ou não?’, respostas binárias”, afirmou.

Crimes atribuídos a Bolsonaro

A PF indiciou Bolsonaro pelos seguintes crimes:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Organização criminosa

O ex-presidente já havia sido indiciado por organização criminosa nos inquéritos das joias sauditas e da fraude do cartão de vacina da Covid-19. Por golpe de Estado e abolição violenta de Estado Democrático de Direito é a primeira vez.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Supremo foi atacado em 8 de janeiro, mas não por Bolsonaro, diz advogado no site CNN Brasil.

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