Alcolumbre falou por telefone com Lula e depois com Bolsonaro assim que foi eleito

Uma cena ocorrida minutos depois de selada a vitória de Davi Alcolumbre (União-AP) à presidência do Senado resume o leque de alianças que o elegeram e demonstram o equilíbrio político que será exigido do novo comando do Congresso.
Assim que foi declarado vitorioso, Alcolumbre pegou o telefone estendido pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), e falou com o presidente Lula. Falou por cerca de um minuto. Em seguida, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) estendeu seu celular, e Alcolumbre conversou com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com uma aliança do PT ao PL, Alcolumbre conquistou 73 de 81 votos articulando com todos os senadores, ouvindo cada um dos colegas e pregando que a Casa precisava de união para reafirmar sua força frente a outros poderes e até nos embates com a Câmara.
Na construção da sua volta ao comando do Senado, Alcolumbre se comprometeu com pautas do governo e também com as da oposição. Nos últimos anos, fora dos holofotes — mas não do poder — Alcolumbre também se aproximou de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que foram tranquilizados de que na sua gestão não será pautada a abertura de impeachment de ministros da Corte.
A maior demanda dos senadores é a manutenção das emendas parlamentares — impositivas e de livre indicação —, tema ao qual o novo presidente sempre deu muita atenção. Para além disso, Alcolumbre terá testada sua capacidade de negociar e navegar entre interesses do governo e da oposição em um período que as eleições de 2026 já tomaram conta da pauta política.
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