Número de mulheres que solicitaram medida protetiva cresce 8% em Araçatuba, aponta SSP


De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), no ano passado foram 2.349 solicitações em Araçatuba (SP), contra 2.172, em 2023. Aumento de pedidos de medidas protetivas em Araçatuba revela o crescimento da luta contra a violência doméstica
Reprodução / TV Tem
O número de mulheres vítimas de violência doméstica que solicitaram medida protetiva cresceu 8% em Araçatuba (SP) em 2024. O comparativo é em relação ao mesmo período do ano anterior.
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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), no ano passado foram 2.349 solicitações, contra 2.172, em 2023. O aumento das denúncias é reflexo da busca por proteção, acolhimento e da luta contra a violência.
De acordo com Edson Neves, diretor do Departamento de Proteção Social, as mulheres têm encontrado amparo por meio da Casa Mulher Paulista e outras instituições que oferecem apoio social, psicológico e jurídico. “O primeiro atendimento sempre visa acolher e garantir que a mulher se sinta segura, entendendo suas necessidades e oferecendo o suporte necessário”, afirma.
Aumento de pedidos de medidas protetivas em Araçatuba revela o crescimento da luta contra a violência doméstica
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O aumento nos pedidos de medidas protetivas é uma tendência observada em nível estadual. Em 2024, o número de registros de violência contra a mulher no estado de São Paulo ultrapassou 252 mil casos. Em média, um boletim de ocorrência de ameaça foi registrado a cada 5 minutos, de acordo com a SSP.
Em entrevista à TV TEM, uma mulher, que preferiu não ser identificada, contou detalhes de uma relação abusiva que viveu durante 10 anos com o ex-namorado. “Eu consegui arrumar um namorado, e muito rápido engravidei. Quando estava grávida, já sabia que ele era agressivo, mas por conta da gravidez, decidi ficar com ele”, relata.
Ela confessa que sofria agressões frequentes durante o relacionamento. Somente após ser atingida no pulmão e precisar de atendimento médico, encontrou forças para se separar.
“Durante todo esse tempo, fui agredida de forma muito forte. O que me levou a me separar foi quando ele me deu um murro de forma que afetou meu pulmão e me levou para o hospital. Foi a última vez que ele me agrediu”, conta.
Aumento de pedidos de medidas protetivas em Araçatuba revela o crescimento da luta contra a violência doméstica
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Para o delegado seccional de Araçatuba, Getúlio Nardo, o aumento dos pedidos de medidas protetivas é justificado pela confiança das mulheres em buscar ajuda. “As mulheres estão perdendo o receio de denunciar, e isso tem ocorrido porque houve mudanças na legislação. Crimes como o feminicídio agora possuem penas mais rígidas, e a ameaça é um crime que pode ser processado mesmo sem o consentimento da vítima”, explica. Segundo ele, essas alterações na lei garantem a proteção das mulheres, mesmo quando elas decidem voltar atrás na denúncia.
Como buscar ajuda
A mulher que está vivenciando uma situação de violência doméstica precisa saber que existem diversas formas de buscar apoio. Além da Polícia Militar, que pode ser acionada pelo número 190, as vítimas podem ligar para a Central de Atendimento à Mulher, no número 180, para obter orientações jurídicas e psicológicas.
A Casa Mulher Paulista, que possui 18 unidades no estado de São Paulo, também está disponível para atendimento, oferecendo suporte social, psicológico e jurídico. Vítimas que buscam a Casa Mulher podem se encaminhar espontaneamente, sem necessidade de encaminhamento formal, garantindo que o atendimento seja seguro e acolhedor.
Segundo as autoridades de segurança, é fundamental que as mulheres que enfrentam a violência se sintam amparadas e protegidas. Não há mais necessidade de permanecer em silêncio ou temer o agressor. A denúncia é um passo importante para garantir a proteção e o bem-estar.
Aumento de pedidos de medidas protetivas preocupa autoridades na região de Araçatuba
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